Não dá para negar que os sedãs foram perdendo espaço para os SUVs no Brasil. Só que o Toyota Corolla continua resistindo e, não à toa, é o médio mais vendido do país há 11 anos consecutivos. Isso, claro, não significa que o queridinho dos brasileiros não tenha defeitos. Por isso, Autoesporte mostra agora cinco motivos para comprar o Corolla e outros cinco para pensar bem antes de correr para uma concessionária da fabricante japonesa.
E eu começo falando dos pontos positivos do Toyota Corolla citando a suspensão. Na dianteira, o sedã traz um sistema independente McPherson, enquanto na traseira é equipado com um independente Multilink. Na prática, isso significa que há conforto de sobra dentro da cabine. E a carroceria balança pouco mesmo em terrenos irregulares até na versão GR-Sport, que tem uma calibração um pouco mais esportiva.
As versões a combustão do Toyota Corolla são sempre equipadas com motor 2.0 Dynamic Force Dual aspirado. Rende 175 cv de potência e 21,3 kgfm de torque com etanol. O conjunto é diferente da configuração híbrida leve, que combina um propulsor 1.8 aspirado com outros dois elétricos. Ainda assim, é menos potente: são 122 cv no Altis Hybrid Premium.
Embora os dois conjuntos não garantam desempenho impressionante ao sedã médio, chamam atenção no quesito confiabilidade. O Corolla é reconhecido mundialmente por passar longe das oficinas e não dar dor de cabeça aos donos. Aliás, não é à toa que o sedã está em linha há tanto tempo. A primeira geração foi feita em 1966. São quase 60 anos de existência e de credibilidade do modelo da marca japonesa.
O que também impressiona no Toyota Corolla é o espaço interno. Assim como de praxe nos sedãs, o porta-malas é generoso e oferece 470 litros de capacidade. Além disso, o entre-eixos de 2,70 metros proporciona conforto para os ocupantes do banco traseiro. Há espaço de sobra para quem senta por ali. O único problema é a distância da cabeça dos passageiros para o teto, que poderia ser um pouco maior.
De acordo com o Qual Comprar 2024 da Autoesporte, o Toyota Corolla é o sedã médio de melhor custo-benefício do Brasil. Isso porque, entre outras características, tem uma desvalorização baixa, de cerca de 11%. A título de comparação, o Nissan Sentra, hoje seu principal rival, tem índice de aproximadamente 15%.
Por fim, o Corolla também tem baixos custos de manutenção. O preço das revisões da versão básica do carro até 30 mil km feitas em concessionária é de cerca de R$ 2.220. Já a cesta de peças, conjunto de itens mais comuns em termos de desgaste e reparo, custa aproximadamente R$ 12.500. No total, são R$ 14.720. No caso do Sentra, por exemplo, o valor é de R$ 19.850. Boa diferença no bolso.
Como nem tudo são flores, o Toyota Corolla não é equipado com freio de estacionamento eletrônico em nenhuma versão. Ou seja, até mesmo a configuração topo de linha, que traz motorização híbrida e custa R$ 199.990, traz um freio de mão comum. Grande erro da montadora japonesa.
O que também precisa de atualização é o ajuste dos bancos. Isso porque apenas duas configurações do Corolla têm regulagem elétrica dos assentos: a Altis Premium, de R$ 188.590, e a Altis Hybrid Premium, de R$ 199.990. Nas demais — inclusive na GR-Sport, a topo de linha com motor a combustão, que custa R$ 188.990 — a regulagem é feita por meio de alavancas tradicionais. Bem ultrapassado para um carro deste preço.
Saiba que a lista de equipamentos de segurança do Toyota Corolla também vai te decepcionar caso você não queria investir nas versões topo de linha. A configuração de entrada GLi (R$ 158.490), por exemplo, traz sete airbags e câmera de ré.
Sensores de estacionamento, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de pré-colisão frontal e assistente de permanência em faixa são oferecidos apenas a partir de XEi (R$ 161.990). Pense nisso antes de entrar em uma concessionária.
Conforme já mencionei, o Toyota Corolla é sempre equipado com motores aspirados. E ainda que a dirigibilidade não seja um ponto negativo, não tem como negar que falta um propulsor turbo no sedã (que ainda traz câmbio do tipo CVT). O Volkswagen Jetta, por exemplo, tem um 2.0 turbo que entrega 231 cv de potência. Na prática, é mais rápido que o concorrente ao fazer 0 a 100 km/h em 6,8 segundos. No Corolla, são 9,2 segundos.
Por fim, caso você esteja planejando comprar um Toyota Corolla, é importante dizer que uma nova geração será lançada em breve. Afinal, o sedã médio não recebe uma atualização desde 2019. Ou seja, há cinco anos. Por isso, a previsão de estreia do novo modelo é para 2026 e a chegada ao Brasil deve acontecer em 2027.
O plano é de que o novo Corolla seja equipado com a nova geração de motores da marca, feitos em parceria com Subaru e Mazda. Dessa forma, além de um conjunto híbrido pleno (HEV), o modelo terá uma nova opção híbrida plug-in (PHEV) na 13ª geração, com a possibilidade de alcançar 2.100 km de autonomia. Talvez seja melhor esperar…
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Fonte: direitonews