Quando a Omoda Jaecoo anunciou o início de sua operação no Brasil, em 2024, prometia lançar duas configurações diferentes do SUV cupê Omoda 5: uma elétrica, já experimentada por Autoesporte, e outra híbrida leve (MHEV), com o mesmo conjunto motriz dos Caoa Chery Tiggo 5X e Tiggo 7 Pro Hybrid. Mas os planos mudaram.
Autoesporte apurou que a fabricante chinesa, que pertence ao grupo Chery, decidiu trocar a versão híbrida que será oferecida no mercado brasileiro: sairá o híbrido leve 1.5 turbo de 160 cv, entrará um inédito híbrido pleno (HEV) baseado no mesmo motor turbo a gasolina de 1,5 litro, porém com injeção direta de combustível e operação em ciclo Miller, a fim de aumentar a eficiência energética.
Trata-se de um conjunto motriz que ainda não existe em nenhum produto do grupo Chery e que, portanto, não tem dados de potência e torque revelados, mas que já está confirmado para estrear em outros produtos da fabricante, como o Chery Tiggo 4 na Austrália (equivalente ao nosso Caoa Chery Tiggo 5X).
A decisão foi tomada porque a operação da Omoda Jaecoo entendeu que um produto híbrido leve não teria condições de concorrer adequadamente contra rivais como o BYD Song Pro. Além disso, um híbrido pleno proporciona uma experiência mais “elétrica” de condução ao proprietário.
Vale observar que nada muda no cronograma do Omoda 5 EV, variante apenas elétrica, que será o primeiro lançamento da operação no Brasil. Esta deve chegar ainda no primeiro semestre de 2025, com um motor elétrico dianteiro de 204 cv de potência e 34,7 kgfm de torque.
O conjunto de baterias de 61 kWh, formadas por íons de lítio, rende uma autonomia de 450 km no ciclo europeu WLTP. Na homologação do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, o número deve cair para cerca de 300 km.
Vale ressaltar que o Omoda 5 vem sendo alvo de flagras há algum tempo no país. O mais recente, inclusive, foi publicado pelo perfil Placa Verde no Instagram.
A versão HEV do Omoda 5, por sua vez, ainda precisa ser homologada e ficará para o segundo semestre. Fontes informaram que o visual da configuração será diferente da versão MHEV já existente, com diversos detalhes customizados ao gosto do consumidor brasileiro e acabamento melhorado, mais próximo ao da versão elétrica.
Com 4,40 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,58 m de altura e 2,63 m de entre-eixos, o Omoda 5 tem dimensões muito próximas às de um Jeep Compass. Sua plataforma é a T1X, a mesma da família Tiggo da Caoa Chery.
Entre os itens de série, o Omoda 5 deve trazer ar-condicionado digital de duas zonas, detecção de placas de trânsito, controle de cruzeiro adaptativo (ACC), frenagem autônoma de emergência, assistente de manutenção em faixa, teto solar e bancos com ventilação e aquecimento. Enquanto a versão híbrida leve do SUV cupê deve custar perto de R$ 200 mil, o elétrico ficará mais próximo de R$ 250 mil.
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Fonte: direitonews