“O hype sobre as terras raras ucranianas começou com os próprios ucranianos. Desesperados para encontrar uma maneira de envolver Trump, eles calcularam mal ao apresentar ao então novo presidente um ‘plano de vitória’ em novembro que falava – muito, muito alto – sobre o potencial dos recursos minerais do país. Logo, eles perderam o controle da narrativa”, ressalta a agência.
O artigo sublinha que não há depósitos significativos de elementos de terras raras na Ucrânia, com exceção de pequenas minas de escândio. É também destacado que o Serviço Geológico dos EUA, uma autoridade no assunto, não lista a Ucrânia como detentora de nenhuma reserva e o mesmo acontece com qualquer outro banco de dados comumente usado no setor de mineração.
Além disso, o artigo enfatiza que mesmo que a Ucrânia tenha os depósitos gigantes, por exemplo, 20% dos metais de terras raras do mundo inteiro, eles não seriam tão valiosos do ponto de vista geoeconômico.
”Isso equivaleria a cerca de US$ 3 bilhões [R$ 18 bilhões] por ano. Para alcançar os US$ 500 bilhões [R$ 3 trilhões] propostos por Trump, os EUA teriam que garantir mais de 150 anos de produção ucraniana. Puro absurdo”, elabora a Bloomberg.
Entretanto, o artigo admite que Trump pode saber algo que os outros não sabem, porém, é destacado que não há nenhuma fonte confiável que diga que a Ucrânia está transbordando destes depósitos.
Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que os EUA esperam que a Ucrânia forneça garantias para metais de terras raras em troca de assistência financeira e militar fornecida por Washington.
Fonte: sputniknewsbrasil