O ex-piloto de Fórmula 1, Gerhard Berger, tem uma longa história com a Red Bull Racing. Como o primeiro piloto de F1 patrocinado pelo fabricante de energéticos, o austríaco mais tarde foi coproprietário da Toro Rosso (atual Racing Bulls). Era a época em que Dietrich Mateschitz (sócio proprietário da Red Bull, falecido em outubro de 2022) estava no comando geral das duas equipes.
Com espanto, Berger observou na temporada passada como a Red Bull Racing, outrora força dominante na Fórmula 1, escorregou lenta mas continuamente em seu desempenho ao longo do ano. O conflito entre Christian Horner e Helmut Marko, com Max Verstappen ao lado do consultor da equipe, foi um problema, segundo o ex-piloto de F1.
“Frequentemente, é o começo do fim quando tais temas dominam”, disse Berger em conversa com a Auto, Motor und Sport. “A Fórmula 1 é tão complexa e tão competitiva que você só pode ter sucesso se todos na equipe se unirem, se todos concordarem e se comunicarem bem uns com os outros.”
O austríaco não viu isso acontecer no ao passado. De repente, a Red Bull não era mais a Red Bull. “A marca Red Bull sempre exala felicidade e uma imagem legal. De repente, tudo mudou. Completamente atípico para a equipe, não havia mais declarações claras”, acrescentou.
Segundo Berger, a situação com Sergio Perez era típica do que acontecia dentro da equipe. “Você podia ver que as coisas não estavam mais funcionando bem. Ninguém neste negócio entendeu por que ele recebeu outro contrato naquele momento (quase na metade da temporada passada). Poderiam ter havido razões como marketing ou a situação contratual. Mas quando as coisas não melhoraram depois disso, pelo contrário, pioraram, eles deram a ele mais três corridas e depois mais duas, e se recusaram a tomar uma decisão. Eu não consegui ver uma linha clara ali. No tempo de Mateschitz, a Red Bull era sempre conhecida por sua clareza nas decisões”, encerrou Berger.
Aparentemente, na opinião de Berger e também de muitas pessoas no paddock da F1, os problemas internos na Red Bull Racing em 2024, que começaram com uma acusação de assédio sexual contra Horner, feita por uma funcionária da equipe, continuaram com os conflitos entre Marko e Horner, além dos fracos resultados de Perez, fizeram com o desempenho do time caísse drasticamente. Ainda assim Verstappen garantiu o título de pilotos, mas principalmente graças a seu talento e à vantagem de pontos que conseguiu abrir no início da temporada.
Fonte: f1mania
