No longínquo ano de 2000, George W. Bush foi eleito (com alguma controvérsia) presidente dos Estados Unidos, Gustavo Kuerten venceu o bicampeonato em Roland Garros e os Backstreet Boys eram o grupo de música pop do momento. Mas é claro que grandes acontecimentos também ficaram eternizados na indústria automotiva mundial no ano da virada do milênio.
Partindo disso, Autoesporte revela quais foram os principais carros inéditos lançados no Brasil e no mundo em 2000. E fica aqui um spoiler: alguns modelos da lista vão fazer você se sentir bem velhinho, definitivamente com algumas rugas a mais no rosto.
Abrimos pelo modelo mais vendido da lista. O Chevrolet Celta começou a ser produzido em Gravataí (RS) em 2000, como o novo carro popular da GM. O objetivo do hatch de entrada era oferecer uma opção mais simples e econômica que o Corsa, visando a praticidade.
E a estratégia foi um sucesso enquanto durou: em 15 anos de mercado, o Celta emplacou 1,5 milhão de unidades. Nenhum outro carro da GM chegou perto de substituí-lo por sua proposta mais rudimentar e sem frescuras. O que mais chegou perto disso foi o Onix Joy, que não repetiu o bom desempenho do saudoso Celtinha.
O ano 2000 também marcou o início da produção do Fiat Doblò, que chegaria ao Brasil no ano seguinte com produção em Betim (MG). O monovolume chamou atenção por proporcionar amplo espaço interno em proporções compactas, tornando-se o queridinho de muitas famílias.
Justamente pela falta de opções na categoria, a Fiat optou por manter o Doblò em linha até 2021, mesmo com visual, interior e mecânica defasados. Foram 20 anos de mercado que, infelizmente, não tiveram uma continuação com o lançamento de um modelo totalmente novo.
Isso está para mudar. De acordo com o site Autos Segredos, a Fiat deverá vender a versão elétrica do Doblò no país, mas só como furgão de carga, com capacidade para levar três ocupantes. Portanto, o monovolume continuará distante das garagens, trocando o ambiente familiar por empresas de transporte.
O Pontiac Aztek já foi eleito o automóvel mais feio do mundo, mas se tornou um veículo “cult” nos Estados Unidos e no resto do mundo após ser eternizado na TV como o carro de Walter White na série Breaking Bad. Era um SUV com proposta aventureira e, por isso, incluía até uma tenda embutida para facilitar a vida de quem curte acampar.
Infelizmente, o Aztek trouxe enorme prejuízo à Pontiac, uma das submarcas da General Motors nos EUA. Eram previstos 60 mil emplacamentos por ano, mas o desinteresse frustrou os planos da marca. O melhor resultado foi em 2002, com 27 mil unidades vendidas. Isso abreviou sua trajetória, que durou apenas cinco anos no mercado norte-americano.
O Volkswagen Bora se tornou um carro um tanto quanto esquecível. Chegou ao Brasil em 2000, já como modelo 2001, e nunca esteve entre os mais vendidos da marca. Era produzido no México, baseado na plataforma do Golf MK4, mais conhecido como “Golf Sapão”, e tinha a proposta de oferecer um conjunto mais simples que o do Passat. Quando a VW começou a importar o Jetta mexicano em 2006, o Bora foi reposicionado como um modelo mais simples.
No final daquela década, a linha de sedãs da marca começava no Voyage, passava por Polo Sedan, Bora e Jetta até chegar ao Passat. Era um dos catálogos mais completos da categoria no Brasil. Hoje sobrou apenas o Virtus, enquanto o novo Jetta GLI não chega.
A importação do Bora para o Brasil foi interrompida em 2011, mas o sedã continuou à venda na Argentina até 2014. Só em 2015 a Volkswagen tirou o modelo de linha no México, onde até hoje é um dos queridinhos dos taxistas.
Por fim, outro modelo conhecido que completa 25 anos de existência em 2025 é o Hyundai Santa Fe. A primeira geração do SUV médio não foi lançada no Brasil, mas fez bastante sucesso globalmente e foi responsável pela popularização dos carros coreanos.
Ele só chegaria ao nosso mercado em 2007, já na segunda geração, fazendo grande sucesso no segmento de luxo. A Hyundai, por sua vez, ficou conhecida por seus SUVs, embalada também por Tucson, Veracruz e, anos depois, por Creta e Palisade. Inclusive, confira a avaliação do último abaixo:
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Fonte: direitonews