Nova Volkswagen Amarok chega em 2026 híbrida e com base chinesa


Em agosto do ano passado, Autoesporte antecipou que a atual Volkswagen Amarok teria vida curta. Em setembro, publicamos que a nova geração da picape, fruto de uma parceria com a chinesa SAIC, já estava em desenvolvimento (um projeto chamado internamente de Patagonia). Agora, o Sindicato de Mecánicos y Afines del Transporte Automotor (SMATA), da Argentina, confirmou a produção de um novo modelo a partir de 2026 na fábrica de Pacheco. Trata-se, justamente, da Patagonia, que terá até motor híbrido.

Em entrevista à rádio argentina Gráfica FM, Mario “Paco” Manrique, secretário-geral do SMATA, ressaltou que a Volkswagen quer demitir funcionários e fechar fábricas na Alemanha. O sindicato argentino viajou até o país para entender a situação e, segundo Manrique, a Argentina não só vai passar ilesa dessa onda de demissões, como ainda terá um novo modelo em 2026.

“Nos deram um novo modelo para 2026 na Argentina, que se soma aos projetos semelhantes que já temos na Toyota e na Ford. Serão veículos híbridos e a combustão”, disse Manrique. Em outras palavras, o sindicato confirmou o projeto Patagonia.

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Para contextualizar o cenário, em 2018, Volkswagen e Ford fizeram uma parceria para desenvolver veículos comerciais e elétricos, com os norte-americanos responsáveis pelas novas gerações de Ranger e Amarok. Mas, meses depois, os alemães disseram que a única fábrica a produzir a Amarok totalmente renovada seria a da África do Sul.

Para a picape produzida na Argentina e vendida na América do Sul, a montadora resolveu investir US$ 250 milhões e promover a maior renovação em mais de uma década na caminhonete lançada em 2010.

Seu futuro agora está nas mãos da chinesa SAIC, que é parceira da Volkswagen na Argentina desde 1984. Hoje, a empresa chinesa é dona da Maxus, especializadas em caminhonetes e presente em alguns mercados da América Latina, como o Chile e a própria Argentina.

A nova picape da Volkswagen deve ter como base a Maxus T90, mas não será o mesmo veículo com um novo logotipo, como acontece em outros casos – como a Titano, fruto de uma união entre o antigo grupo PSA (Peugeot e Citroën) e a chinesa Changan que também deu origem à Kaicene F70 e à Peugeot Landtrek. Com a formação a Stellantis, a estratégia fez com que a caminhonete, lançada em fevereiro passado, fosse vendida no Brasil como Fiat.

Poucos detalhes sobre o visual da nova picape foram revelados. Especula-se que o modelo estaria a cargo de José Carlos Pavone, chefe de design da Volkswagen do Brasil e responsável por vários projetos da montadora – sendo o mais recente o Tera, SUV de entrada que será apresentado durante o carnaval do Rio de Janeiro, no dia 2 de março.

Também não há nada oficial sobre motorização, além da confirmação de opções a combustão e híbridas — ou até mesmo com sistema híbrido leve. A Maxus T90 é vendida na China em versão elétrica de 177 cv, mas a configuração não deverá estar na nova geração do modelo produzido em Pacheco. Atualmente, a Amarok é importada da Argentina para o Brasil apenas com propulsor 3.0 V6 turbodiesel, que desenvolve 258 cv de potência e 59 kgfm de torque. Os preços variam de R$ 313.990 e R$ 354.990.

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Fonte: direitonews

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