“Foi publicada a [revista] Circular de Planetas Menores com a confirmação sobre o descobrimento do cometa. Descobri-o em 20 de janeiro, fiz as observações em Nauchny [povoado na Crimeia]. Resolvi desta vez fazer fotos mais ‘profundas’, com uma área menor do céu – e desta vez, aparentemente, tudo deu certo e tive sorte. Nas primeiras imagens, ainda não se via que se tratava de um cometa, via-se que o objeto voava longe da eclíptica. Mais tarde, tirei muitas fotos, juntei as imagens, analisei e vi uma difusividade ligeira – a coma. O cometa é muito fraco, -20,5 de magnitude estelar”, disse Borisov.
O cometa recém-descoberto passará o periélio (a menor distância do Sol) em setembro de 2026, momento em que estará a uma distância de 8,26 unidades astronômicas – o que é comparável com a distância do Sol a Saturno.
O cometa foi chamado de C/2025 B2 (Borisov). Curiosamente, a inclinação da órbita do cometa é de 91 graus – ele é quase perpendicular ao plano da eclíptica (plano de rotação dos planetas em nosso sistema), a excentricidade é de 0,99, isto é, sua órbita é muito estendida e é a próxima vez que o cometa se aproximará do Sol em centenas de milhares de anos, segundo o astrônomo. A revista Circular de Planetas Menores indica a periodicidade de 434 mil anos.
Mas nos próximos dois anos ele será explorado pelos astrônomos da Terra à medida que se torna mais brilhante e mais observável, concluiu Borisov.
Fonte: sputniknewsbrasil