A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) divulgou os resultados das vendas do segmento em janeiro de 2025 com uma atualização importante. Veículos com motores híbridos leves (MHEV) deixaram de ser contabilizados pelo baixo nível de eletrificação. Sem considerá-los, o mercado nacional emplacou 12.556 unidades.
Os híbridos plug-in (PHEV) embalaram as vendas com 6.701 unidades registradas, correspondendo a 53,4% do share; os modelos elétricos (BEV) somaram 3.700 emplacamentos, que equivalem a 29,4%; já os híbridos plenos (HEV) emplacaram 1.545 unidades a gasolina e outras 610 com motores flex, valendo-se de 12,3% e 4,9% do share, respectivamente.
No ranking dos modelos elétricos, a BYD manteve a liderança isolada. O Dolphin Mini ficou em primeiro ao registrar 1.725 novas unidades em janeiro, seguido pelo Dolphin, com 510. Em seguida surgem os modelos GWM Ora 03 (349), Volvo EX30 (255) e BYD Yuan Plus (140).
Ao todo, o mercado brasileiro emplacou 8.856 carros híbridos em janeiro, somando todas as categorias e, a partir deste mês, excluindo os híbridos leves. O destaque foi novamente o BYD Song Pro, que emplacou 2.240 unidades. Na segunda colocação está o GWM Haval H6, que tem versões HEV e PHEV, e somou 1.766 unidades.
Continuando pelo ranking, o BYD Song Plus foi o terceiro colocado com 945 registros. Fecham o Top 5 o BYD King, com 824 emplacamentos, e o GWM Haval H6 GT, com 474. Veja abaixo:
O ranking das fabricantes traz a BYD como líder, com 6.587 unidades vendidas em janeiro último. A marca chinesa atingiu impressionantes 52,5% de market share, revelando que a cada dois veículos eletrificados vendidos no Brasil, um pertence à BYD. Em seguida vem a GWM, com 2.590, e a Toyota, com 1.002.
Ricardo Bastos, presidente da ABVE, diz que a exclusão dos híbridos leves como Fiat Pulse e Fastback visa trazer números mais rigorosos e transparentes. “Tornou-se imperioso separar quais veículos contribuem efetivamente com a eletromobilidade e quais não contribuem tanto”, afirmou.
Enquanto híbridos plenos e plug-in trazem baterias maiores, os híbridos leves — também chamados de micro-híbridos— têm conjuntos mais rudimentares, de 12V ou 48V. Estes pequenos motores elétricos proporcionam incremento temporário de potência e torque, o que também reduz consumo e emissões, mas não na mesma escala de tecnologias mais evoluídas.
A medida da ABVE pode ser vista como uma reação das marcas chinesas contra as fabricantes tradicionais ligadas à Anfavea. Em janeiro, a associação iniciou estudos para identificar a prática de concorrência desleal por parte de BYD e GWM.
O órgão também defende a retomada imediata do imposto de importação para veículos da categoria, medida que faria os preços dos carros das montadoras chinesas subirem. Indo além, o presidente da Anfavea também defendeu o reajuste dos impostos para a produção em regime CKD e SKD, que serão as primeiras etapas das operações nacionais da dupla chinesa.
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Fonte: direitonews