Países-alvo
“A associação discursiva que Trump faz entre o governo venezuelano e os grupos narcotraficantes do país poderá ser uma via de entrada para intervenção militar [na Venezuela]”, disse Augusto à Sputnik Brasil. “O Brasil pode ser indiretamente atingido por isso, não só pela sua vastíssima fronteira com a Venezuela, mas também pela pressão dos EUA para que o Brasil se posicione.”
“Um grupo como o PCC ou mesmo o Comando Vermelho só entraria na lista dos EUA caso ameaçasse os interesses norte-americanos de alguma forma. Para os EUA, não interessa o tamanho do grupo, sua real importância e impacto político-social. O que importa é se esse grupo está atrapalhando Washington de alguma forma ou não“, disse Rodrigues. “E não acredito que os grupos brasileiros estejam em rota de colisão com Washington. Pelo menos por enquanto.”
“Se os objetivos da guerra às drogas era a contenção do uso, a diminuição do mercado ilegal e a repressão de grupos ilegais, ela é um fracasso completo”, disse Augusto. “Mas, se o objetivo era mobilizar novas intervenções armadas, fomentar o mercado de armas, responder ao lobby militar armamentista no Congresso dos EUA, aí podemos considerá-la um sucesso.”
Fonte: sputniknewsbrasil