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O café, um dos itens mais consumidos pelos brasileiros, deve continuar pesando no bolso do consumidor. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o preço do produto nos supermercados pode subir até 25% nos próximos dois meses. A alta se soma ao aumento acumulado de 37,4% registrado em 2024 em relação ao ano anterior, tornando o café o item mais caro da cesta básica.
A valorização do café tem sido impulsionada por diversos fatores. Desde 2021, as safras têm sido prejudicadas por condições climáticas adversas, como seca e altas temperaturas, que resultaram em colheitas menores. A demanda global crescente e o dólar valorizado frente ao real também tornaram o mercado externo mais atraente, pressionando ainda mais os preços no Brasil. Além disso, os custos logísticos elevados contribuíram para o aumento no valor do produto.
Segundo Pavel Cardoso, presidente da Abic, o setor industrial ainda não repassou integralmente os custos mais altos aos consumidores. Em 2024, o preço da matéria-prima encareceu 116,7% em relação ao ano anterior, e parte desse aumento deve ser sentida ao longo do primeiro semestre. Em dezembro passado, um pacote de 1 kg do café tradicional era encontrado por R$ 48,90, mas esse valor pode sofrer novos reajustes.
A escalada de preços do café supera a alta de outros produtos essenciais da cesta básica. De acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), enquanto o café registrou aumento de 37,4% em 2024, itens como leite (18,4%), arroz (15%) e óleo de soja (26,6%) também apresentaram elevações, mas em patamares inferiores.
Para os consumidores, a esperança de alívio nos preços pode vir apenas no segundo semestre. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra de 2025 será 4,4% menor que a anterior, com produção projetada de 51,8 milhões de sacas. Apenas em setembro, com o término da colheita da safra atual, será possível avaliar se os preços terão uma tendência de estabilização ou queda, conforme aponta a Abic.
Até lá, os brasileiros devem se preparar para pagar mais caro pelo tradicional cafezinho.
Fonte: gazetabrasil