Panamá deixa Iniciativa Cinturão e Rota, da China, em meio às pressões dos EUA


O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, revelou nesta quinta-feira (6) que o país vai deixar a iniciativa Cinturão e Rota, da China, da qual fazia parte desde 2017. O projeto chinês prevê o financiamento de obras de infraestrutura, como de portos, aeroportos e ferrovias, para aumentar a cooperação econômica. Na América Latina, 21 países fazem parte da iniciativa.
Mulino informou que o acordo foi cancelado com 90 dias de antecedência e negou que a medida foi motivada pela pressão norte-americana. “Essa é uma decisão que tomei”, justificou.
Também nesta quinta, o presidente panamenho desmentiu a declaração do Departamento de Estado norte-americano de que embarcações do país passariam a ficar isentas de tarifas ao atravessarem o canal do Panamá. Mulino classificou a informação publicada pelo órgão como “falsidade absoluta”.

“Tenho que rejeitar essa declaração do Departamento de Estado porque ela se baseia em uma falsidade. […] Isso é intolerável, simplesmente intolerável. E hoje o Panamá está expressando ao mundo a minha rejeição absoluta de continuarmos a explorar as relações bilaterais com base em mentiras e falsidades”, afirmou.

Marco Rubio teve encontro no Panamá neste domingo, 2 de fevereiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 02.02.2025

A Iniciativa Cinturão e Rota, da China, visa conectar 65 países ao redor do mundo por meio de uma infraestrutura digital e física, incluindo a construção de estradas, portos e redes de telecomunicações, proporcionando a esses países oportunidades econômicas para desenvolver infraestrutura.
Conforme relatado anteriormente pelo Departamento de Estado dos EUA, Rubio disse ao presidente Mulino em uma reunião no Panamá que Trump não queria manter o status quo em relação ao canal do Panamá, dada a crescente influência da China na região.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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