Filha de desembargador afastado por venda de sentenças, servidora da AL é alvo de operação da PF


Conteúdo/ODOC – Filha do desembargador afastado João Ferreira Filho, a servidora pública Alice Terezinha Artuso, foi alvo da segunda fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20).

A ação investiga o crime de lavagem de dinheiro decorrente do esquema de venda de decisões judiciais em Mato Grosso.

Alice foi alvo de um mandado de busca e apreensão e prestou depoimento na sede da PF, em Cuiabá. Atualmente ela trabalha na Assembleia Legislativa, mas já esteve lotada no Tribunal de Justiça.

Além de mandados de busca e apreensão, a PF cumpriu afastamento das funções públicas de servidores do Poder Judiciário, proibição de contato e saída do país, recolhimento de passaportes, além do bloqueio de R$ 1,8 milhão dos investigados e o sequestro dos imóveis adquiridos por um magistrado.

A ação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a investigação,  foram detectadas sucessivas operações imobiliárias suspeitas promovidas pelos investigados, com aparente propósito de dissimular a origem ilícita do dinheiro utilizado para financiar a compra de imóveis residenciais e de veículos.

O nome da operação faz referência a um episódio da mitologia persa, durante o reinado de Cambises II da Pérsia, que narra a história do juiz Sisamnes. Ele teria aceitado um suborno para proferir uma sentença injusta.

A venda de sentenças

Os desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho  foram afastados das funções em agosto por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), acusados de envolvimento com venda de decisões judiciais.

No mês passado, eles foram alvos de mandados de busca e apreensão na primeira fase da Operação Sisamnes. Desde então, os dois magistrados estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica.  Eles também tiveram os passaportes apreendidos, além de bloqueio de bens e valores.

Na ação, a PF também prendeu o lobista Andreson Gonçalves, apontado como intermediário das vendas de decisões judiciais.

As investigações começaram a partir das conversas encontradas no celular do advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro do ano passado, em Cuiabá.

Fonte: odocumento

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