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As três maternidades municipais de Goiânia suspenderam os atendimentos eletivos devido à falta de pagamentos e repasses por parte da prefeitura. Desde segunda-feira (16), o Hospital e Maternidade Dona Iris (HDMI), a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e o Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) passaram a atender exclusivamente casos de urgência e emergência.
Com isso, gestantes e recém-nascidos nas três unidades de saúde ficam sem acesso a consultas e procedimentos agendados. A Fundahc/UFG, responsável pela gestão das maternidades, explicou que a paralisação é consequência do atraso nos repasses financeiros da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A instituição afirmou, em nota, que está trabalhando para resolver a situação rapidamente, mas depende do cumprimento dos compromissos financeiros por parte da prefeitura para retomar os atendimentos de forma plena.
Este é o segundo episódio em menos de um ano em que os atendimentos eletivos são interrompidos em Goiânia por problemas financeiros. A última suspensão ocorreu em outubro, com os serviços paralisados por dois meses. Nos últimos dois anos, a Fundahc registrou quatro interrupções semelhantes. A instituição também destacou que, em situações como essa, gestantes e puérperas são as mais afetadas, enfrentando dificuldades para acessar consultas de rotina, exames e procedimentos essenciais ao acompanhamento da saúde materna e neonatal.
A Secretaria Municipal de Saúde ainda não se manifestou oficialmente sobre os atrasos nos pagamentos e os impactos da paralisação nos serviços de saúde pública. Enquanto isso, as maternidades seguem operando de maneira restrita, priorizando apenas casos emergenciais. A Fundahc informou que, enquanto busca uma solução, está trabalhando em parceria com a Prefeitura para revisar os planos de trabalho dos convênios, com o objetivo de viabilizar a continuidade dos serviços. A instituição também aguarda um desfecho favorável das negociações e das decisões judiciais relacionadas aos repasses atrasados, que têm comprometido o funcionamento das unidades.
A gestão da saúde em Goiânia vive uma crise, que resultou na prisão de membros do alto escalão da Secretaria Municipal de Saúde. Eles estão sendo investigados por suspeitas de pagamentos irregulares e desvio de verbas da saúde. Entre as irregularidades mais comentadas está a demora na disponibilização de leitos de UTI, o que resultou na morte de pelo menos seis pessoas.
Fonte: gazetabrasil