Agora é esperado que Scholz se encontre com o presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, e peça a dissolução do parlamento. Conforme os procedimentos legislativos do país, o chanceler tem 21 dias para realizar a solicitação, com novas eleições acontecendo dentro de 60 dias.
Cabe a Steinmeier decidir quando serão realizadas novas eleições, mas as lideranças políticas alemãs concordam que 23 de fevereiro de 2025 é uma boa data para o pleito.
O movimento político não foi de todo recebido negativamente por Olaf Scholz, que vê na ocasião uma oportunidade para renovar sua base eleitoral, ao adotar pautas nacionalistas para dar conta de problemas como os da industrialização do país e o da ajuda militar à Ucrânia.
Em documento de campanha, o partido de Scholz, Social Democrata, afirmou que não fornecerá mísseis Taurus a Kiev. A negativa vai em direta oposição às recentes declarações do principal concorrente do chanceler, Friedrich Merz, da União Democrata Cristã, que afirmou que dará um “ultimato” à Rússia.
A perda de confiança na liderança de Scholz ocorre após uma cisão na base governista, conhecida internamente como coalizão semáforo por ser composta por partidos com as cores vermelha, amarela e verde.
Em novembro Scholz demitiu o ministro das Finanças, Christian Lindner, alegando discordâncias nas questões orçamentárias. Dessa forma, o político perdeu o apoio do Partido Democrata Liberal (FDP, na sigla em alemão), restando apenas seu partido, Social Democrata, e o Partido Verde, que se absteve no voto de desconfiança por ter ambições próprias pela Chancelaria Federal.
Essa é a quarta vez na história da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial que eleições antecipadas são convocadas. A última vez que isso aconteceu foi em 2005 e abriu caminho para o governo de 16 anos de Angela Merkel.
Fonte: sputniknewsbrasil