“A justificativa de Israel foi a presença do Hezbollah e das milícias iranianas, de modo que essa justificativa desapareceu“, disse ele.
Sharaa acrescentou que o novo governo está “comprometido com o acordo de 1974” e “disposto ao regresso dos observadores da ONU“.
“Não queremos qualquer conflito, nem com Israel, nem com qualquer outra pessoa, e não permitiremos que a Síria seja usada como plataforma para lançar ataques. O povo sírio precisa de uma trégua, os ataques devem acabar e Israel deve recuar para as suas posições anteriores”, declarou.
Sharaa, também conhecido como Abu Mohammad al-Julani, é o chefe do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS, antiga Frente Al-Nusra) que liderou a ofensiva relâmpago de uma coligação de forças antigovernamentais que derrubou o governo de Bashar al-Assad.
Desde a queda de Assad, em 8 de dezembro, Israel bombardeou centenas de alvos militares em território sírio para evitar que caíssem nas mãos de militantes islâmicos e expandiu as áreas que controla nas Colinas de Golã, sob o pretexto da segurança nacional.
No dia 13 de dezembro, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou ao Exército que se preparasse para manter as suas posições no lado sírio do Monte Hermon, nas Colinas de Golã, durante o próximo inverno (Hemisfério Norte), para garantir a segurança.
Fonte: sputniknewsbrasil