Dinamarca lança uniforme “apagado” em protesto por direitos humanos na Copa


design-sem-nome-1-93

A patrocinadora de material esportivo da seleção da Dinamarca, a Hummel, divulgou nesta quarta-feira (28/9) os uniformes para a Copa do Mundo de 2022. Chamou a atenção o visual “apagado” das camisas, com logotipo da federação e patrocinadores praticamente invisíveis.

Nas redes sociais, a fornecedora afirmou que apoia o ato dos dinamarqueses na competição, uma mensagem contra o Catar e suas violações aos direitos humanos.

“Com as novas camisas da seleção dinamarquesa, queríamos enviar uma mensagem dupla. Eles não são apenas inspirados pelo Euro 92, em homenagem ao maior sucesso do futebol dinamarquês, mas também um protesto contra o Catar e seu histórico de direitos humanos. É por isso que atenuamos todos os detalhes das novas camisas da Dinamarca para a Copa do Mundo, incluindo nosso logotipo e divisas icônicas. Não queremos ser visíveis durante um torneio que custou a vida de milhares de pessoas. Apoiamos a seleção dinamarquesa o tempo todo, mas isso não é o mesmo que apoiar o Catar como nação anfitriã. Acreditamos que o esporte deve unir as pessoas. E quando isso não acontece, queremos assumir”, disse a Hummel.

Em uma segunda postagem, apenas com o uniforme preto da seleção dinamarquesa, a fornecedora destacou a cor preta como a do luto. Uma forma de manifestação em apoio a todas as vítimas que morreram no trabalho de construção dos estádios para o Mundial no Catar.

“Preto: A cor do luto. A cor perfeita para a terceira camisa da Dinamarca para a Copa do Mundo deste ano. Apesar de apoiarmos a seleção dinamarquesa o tempo todo, isso não deve ser confundido com o apoio a um torneio que custou a vida de milhares de pessoas. Desejamos fazer uma declaração sobre o histórico de direitos humanos do Catar e seu tratamento aos trabalhadores migrantes que construíram os estádios da Copa do Mundo no país”, escreveu a fornecedora em segunda postagem.

Anteriores Marco Aurélio Mello: “Não posso votar em quem foi condenado por crime contra a Administração Pública”
Próxima Príncipe Harry e Meghan Markle são ‘rebaixados’ em site da família real