Brasil Fecha Acordo com Argentina para Importação de Gás de Vaca Muerta


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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou nesta segunda-feira (18) um memorando de entendimento com o governo argentino para a compra de gás natural do campo de Vaca Muerta, localizado na Argentina. O acordo prevê o fornecimento inicial de 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia a partir de 2025, com a meta de atingir 10 milhões de metros cúbicos diários entre 2026 e 2028. Este fornecimento será fundamental para aumentar a oferta de gás natural no Brasil e impulsionar a reindustrialização do país.

A partir de 2025, o Brasil passará a contar com o gás argentino para atender a sua crescente demanda energética. No entanto, o memorando ainda não define qual será a rota de chegada do gás, embora cinco opções estejam sendo analisadas, incluindo a inversão do gasoduto Gasbol, que conecta a Bolívia ao Brasil, ou novas rotas através do Paraguai, Uruguai, ou mesmo a possibilidade de transformar o gás em GNL (gás natural liquefeito) para transporte por navios ou caminhões.

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Em um comunicado, o governo brasileiro destacou que a abertura do mercado de gás pode trazer benefícios a longo prazo, como investimentos, geração de empregos e redução nos preços dos alimentos. A previsão é que o Brasil aumente sua demanda de gás natural para 30 milhões de metros cúbicos diários até 2030, com um crescimento gradual da importação de gás de Vaca Muerta, que começa com 2 milhões de metros cúbicos por dia.

Silveira ressaltou a importância do acordo para o programa “Gás Para Empregar”, lançado pelo governo federal para ampliar a oferta de gás e fomentar a reindustrialização. “Ao concretizar a importação do gás de Vaca Muerta, estamos fortalecendo o desenvolvimento das indústrias de fertilizantes, vidro, cerâmica, petroquímicos e tantas outras que trazem desenvolvimento econômico ao Brasil”, afirmou o ministro.

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Contudo, o acordo com a Argentina não está isento de controvérsias. A técnica de fraturamento hidráulico, utilizada na extração de gás de Vaca Muerta, é considerada ambientalmente prejudicial, pois pode contaminar o solo e os recursos hídricos. Essa prática, conhecida como “fracking”, é proibida no Brasil, o que pode gerar críticas tanto no cenário interno quanto internacional, especialmente no contexto de compromissos ambientais assumidos pelo governo brasileiro, que tem defendido o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental no âmbito do G20.

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Fonte: gazetabrasil

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