Juntamente com fósseis de raízes, pólen e esporos, o âmbar fornece algumas das melhores evidências até agora que uma floresta tropical pantanosa do Cretáceo Médio existiu perto do Polo Sul, e que este ambiente pré-histórico foi “dominado por coníferas”, semelhante às florestas da Nova Zelândia e da Patagônia de hoje.
“Foi muito impressionante perceber que, em algum momento de sua história, todos os sete continentes tiveram condições climáticas que permitiram a sobrevivência das árvores produtoras de resina”, disse o geólogo marinho Johann Klages do Instituto Alfred Wegener na Alemanha, escreve Science Alert.
“Nosso objetivo agora é aprender mais sobre o ecossistema florestal – se ele pegou fogo, se podemos encontrar vestígios de vida no âmbar. Esta descoberta permite [fazer] uma viagem ao passado de uma maneira ainda mais direta“, acrescentou.
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— Astrobiology (@astrobiology) November 13, 2024
Em 2017, pesquisadores perfuraram o fundo do mar perto da Antártica Ocidental e obtiveram evidências excepcionalmente bem preservadas desses habitats perdidos há muito tempo.
Após vários anos de análises, Klages e uma equipe de pesquisadores anunciaram em 2020 que haviam encontrado uma teia de raízes fossilizadas que datam do Cretáceo Médio. Eles também identificaram evidências de pólen e esporos.
A mesma amostra agora oferece uma prova concreta de que árvores produtoras de resina já existiram na Antártica.
O âmbar foi provavelmente preservado e fossilizado porque os altos níveis de água rapidamente cobriram a resina da árvore, protegendo-a da radiação ultravioleta e oxidação.
Fonte: sputniknewsbrasil