Em outubro de 2025, Marabá, no Pará, será palco de um marco histórico para o agronegócio amazônico com a realização da COP30 do Agro. Idealizado pelo Movimento dos Produtores Rurais Independentes da Amazônia, o evento reunirá produtores, líderes políticos, ambientalistas e especialistas em um compromisso conjunto pela sustentabilidade, produtividade e preservação da Amazônia.
Com um propósito de diálogo sincero e resultados práticos, o movimento propõe que todos os produtores da Amazônia se comprometam a um pacto temporário para reduzir o desmatamento e as degradações até a data do evento. No entanto, essa trégua não representa uma renúncia a direitos legítimos; ao contrário, é um apelo para que possamos ter espaço na mesa de discussões e alcançar uma ampla regularização fundiária e ambiental. Esse compromisso momentâneo busca abrir portas para um diálogo construtivo, permitindo que, após essa regularização, os produtores rurais possam realizar suas supressões vegetais, como qualquer outro produtor no Brasil, e dentro dos limites legais.
É importante destacar que o desmatamento feito de forma legal é um direito dos produtores rurais, mas as políticas engessadas e as narrativas históricas têm paralisado a Amazônia, impedindo o acesso a licenças mesmo para supressões legais. Nosso compromisso com o pacto temporário é um passo em direção a esse espaço de diálogo e não significa uma abdicação de direitos. Lutamos para que as licenças possam ser emitidas dentro da lei e com transparência, refletindo o direito de todo produtor rural.
Além disso, a COP30 do Agro será uma oportunidade para propor mudanças legislativas que promovam leis mais ambientais e verdadeiramente sustentáveis, que priorizem a produtividade responsável e a preservação, sem o peso de políticas meramente ambientalistas. Defendemos que é possível ter um agronegócio na Amazônia que respeite o meio ambiente, seja economicamente viável e, acima de tudo, contemple a voz e os direitos dos produtores que fazem parte dessa realidade.
A COP30 do Agro será um espaço para demonstrar que o agronegócio amazônico é parte da solução, um aliado no desenvolvimento sustentável. Contamos com todos que acreditam na transformação positiva do agro e no poder do diálogo para construir um futuro próspero e sustentável para a Amazônia e o Brasil.
Fonte: noticiasagricolas