Novos híbridos da Fiat levam até 10 anos para compensar investimento extra


A Stellantis apresentou os novos Fiat Pulse e Fastback em suas versões T200 Hybrid, com conjunto híbrido leve. Estes são os primeiros carros nacionais do grupo com a nova tecnologia, que visa a redução de consumo e emissões. Os preços partem de R$ 125.990 para o Pulse e R$ 151.990 para o Fastback — sendo as versões híbridas R$ 2.000 mais caras que os modelos sem eletrificação.

O consumo de combustível da dupla, porém, não é radicalmente melhor nas versões híbridas, que oferecem motor T200 1.0 turbo flex de três cilindros, 12 válvulas e injeção direta, que rende até 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, aliado a um sistema de 12V, conhecido como BSG. O câmbio é o automático CVT de sete marchas simuladas.

A partir disso, Autoesporte revela em quanto tempo os novos Pulse e Fastback híbridos pagam o investimento extra de R$ 2.000 para tê-los, considerando as despesas com gasolina e etanol. Acompanhe abaixo:

Para determinar em quanto tempo a dupla de SUVs compensa o investimento, Autoesporte utilizou a seguinte metodologia: consideramos um motorista que dirige 15.000 km por ano, sendo 70% do trajeto na cidade (10.500 km) e 30% na estrada (4.500 km) — assim, o experimento se enquadra na média nacional de circulação anual.

Em seguida, compilamos os dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do consumo de combustível das versões com e sem eletrificação. Veja abaixo:

Para identificar o custo anual com combustível, os carros foram submetidos aos parâmetros dos 15.000 km. Aqui, utilizamos os dados mais recentes da Associação Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que apontam o preço médio de R$ 6,09 para o litro da gasolina e R$ 4,04 para o etanol no Brasil. Sobrepondo os valores, chegamos aos seguintes resultados:

Portanto, após um ano de uso, o dono de um Pulse híbrido que abastece apenas com gasolina economizou R$ 511,56 em comparação com a versão a combustão (basta subtrair os valores). Para o Fastback, a diferença é de R$ 200,97. Em outra métrica, considerando o abastecimento com etanol, a diferença passa a ser de R$ 488,84 para o Pulse e R$ 210,08 para o Fastback.

Agora temos todos os números para chegar a uma resposta. Basta dividir os R$ 2.000 do valor acrescido das versões pela diferença da economia de combustível para chegar à quantidade de anos. Dessa forma, determina-se:

O motorista que abastece apenas com gasolina ao longo de um ano vai compensar o valor extra investido no Pulse híbrido em quatro anos. Para o Fastback, são necessários dez anos.

Os resultados se repetem ao considerar os gastos com etanol. São necessários mais de quatro anos para pagar o valor extra do Pulse e pouco menos de dez anos para compensar a despesa extra no Fastback.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.

Fonte: direitonews

Anteriores Justiça reconhece vínculo empregatício e enquadramento como bancária a trabalhadora de aplicativo financeiro
Próxima TCU atende pedido da CNM que propõe diálogo federativo sobre a redistribuição dos royalties