Procura por carros a combustão pode cair quase pela metade até 2030


Em minha última coluna, disponibilizei algumas relevantes informações sobre o que são os veículos a combustão, células de combustível e os híbridos (todos os tipos existentes). Leia a primeira parte clicando neste link.

A motivação para iniciar com o entendimento teórico dos diferentes tipos existentes decorreu da grande quantidade de dúvidas que as pessoas tinham em relação aos veículos eletrificados, incluindo gente da própria indústria, em especial com respeito ao mild-hybrid e as diferentes aplicações com e sem plug-in existentes.

Sedimentado o entendimento teórico, parto para a parte mais gostosa: a análise do mercado.

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Dentro de um cenário considerado otimista, realizei em março deste ano, quando ainda estava na consultoria que trabalhei até maio, um estudo indicando a participação de mercado de cada tipo de tecnologia para 2030. Os dados para veículos de passeio seguem abaixo:

Claro que os números poderão variar substancialmente no caso de haver algum investimento específico direcionado para alguma dessas tecnologias, como, por exemplo, um direcionamento na implantação de postos de hidrogênio (estudo da USP com aplicação já em funcionamento) ou até mesmo um direcionamento para a produção dos mild-hybrids. Este, definitivamente, me parece ser o caminho mais acertado para um país como o Brasil, que tem uma matriz energética tão favorável a esta utilização quando combinada com o etanol nos veículos de passeio e comerciais leves.

Para os veículos pesados existe uma outra discussão em andamento. Neste caso, a transição passará por outras tecnologias com a utilização de biocombustíveis, especialmente o biodiesel e o biometano. A transição se efetivará, provavelmente, com os veículos movidos a hidrogênio no médio/longo prazos, pois realmente este combustível tem um potencial gigante de aproveitamento neste segmento. Deixarei a discussão dos pesados, por ora, de lado, pois ainda há muito a ser feito nesta seara, a iniciar pelo processo de renovação de frota (não custa sonhar).

Temos o seguinte panorama no acumulado até o mês de setembro:

O volume de motores a combustão puros nos comerciais leves ainda é muito elevado (96,1%), o que altera estatisticamente os números quando somados ao mercado dos veículos de passeio onde os eletrificados são mais atuantes. Por este motivo prefiro manter o segmento de leves fora das análises.

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Fica simples concluir que, tomando por base os números de hoje e as projeções para 2030, é evidente o aumento na quantidade de veículos eletrificados. O público mais atento perceberá já a partir do segundo semestre de 2025 a proliferação dos mild-hybrids em nossas ruas.

Importante frisar que a massificação dos carros eletrificados, a melhora na quantidade de pontos de recarga e a resolução de outras questões vinculadas ao veículo elétrico (como depreciação, manutenção…) ensejará um nítido e evidente aumento percentual da participação deste segmento entre 2030 e 2040.

É esperar para ver! Eu não tenho dúvidas…

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Fonte: direitonews

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