Argentina espera exportar 200 mil toneladas de lítio em 2025


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A projeção foi feita por Roberto Salvarezza, chefe da estatal YPF Lítio, em entrevista à agência de notícias Télam. A empresa iniciará a exploração de lítio no próximo mês na província de Catamarca. Este será o primeiro projeto do país de propriedade de uma empresa nacional.

“Imagine, cada tonelada de carbonato de lítio hoje custa US$ 70.000… A Argentina poderia ter cerca de 200.000 toneladas de carbonato de lítio para exportação em 2025”, disse Salvarezza.

Segundo ele, existem cerca de 20 projetos de lítio na Argentina, quase todos desenvolvidos por empresas estrangeiras.
Em março de 2022, a Alpha Lithium do Canadá suspendeu um acordo para vender à Uranium One Holding (U1H) da empresa nuclear estatal russa Rosatom uma participação em um projeto conjunto para desenvolver o depósito de lítio de Tollilar na Argentina.
© AP Photo / Petr David JosekPedaços de lítio brilham em rocha extraída de minha de exploração desse elemento

Pedaços de lítio brilham em rocha extraída de minha de exploração desse elemento - Sputnik Brasil, 1920, 27.09.2022

Pedaços de lítio brilham em rocha extraída de minha de exploração desse elemento
Argentina, Bolívia e Chile possuem as maiores reservas de lítio do mundo. A Bolívia pretende lançar a primeira planta para a produção de carbonato de lítio no próximo ano, projetada, entre outras coisas, para entregas à Rússia e à China.
Especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil apontam que o Brasil tem potencial para se posicionar na corrida do lítio e deveria buscar uma aliança com os três vizinhos sul-americanos e com o México.
“Há uma corrida pelo lítio. As baterias [de lítio] vão ser uma questão-chave, não só pelos carros elétricos. Tem grandes mercados, grandes empresas disputando. Se os países que têm reservas apostarem no ‘cada um por si’, têm menos poder de barganha. Como tem muita concentração na América do Sul, você pode imaginar uma organização para se posicionar conjuntamente nesse mercado. É muito difícil, mas faz sentido. Faz sentido coordenar para negociar melhor com chineses, europeus, americanos”, disse Giorgio Romano Schutte, professor de relações internacionais e economia da Universidade Federal do ABC (UFABC), em entrevista recente á Sputnik Brasil.
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