“Entrar no sistema financeiro de uma maneira mais eficiente e comercializar de uma maneira mais justa. Então essa me parece que é a grande esperança, a grande boia de salvação que se sinaliza para Cuba ter acesso a crédito do Novo Banco de Desenvolvimento e assim se fortalecer nesse mundo multipolar que está se redesenhando”, explica o especialista.
“O povo cubano é muito consciente; ele sofre duramente, é castigado, mas eles têm cultura política para entender, de um modo geral, que estão sendo sufocados. É um país que não tem soberania econômica, ele é isolado, qualquer empresa do mundo que negociar com Cuba vai sofrer um processo nos EUA. Então, ainda que o povo esteja cansado de tantos anos de sofrimento econômico — não é fácil viver assim, obviamente —, eles têm consciência de quem é o inimigo, quem está fazendo isso com eles.”
“Eu não considero um bloco de integração regional porque muitos países não têm um link geográfico. […] Eu não considero um bloco de integração regional, como é o Mercosul, como é o NAFTA, e como é a União Europeia […]. É um bloco de representação econômica, mas cada vez mais eu tenho visto o BRICS como uma intenção de países do Oriente, principalmente Rússia e China, de criar um contraponto ao bloco ocidental, principalmente aquele bloco ocidental que é formado na perspectiva militar pela OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte].”
“Se você me perguntar, do ponto de vista estratégico militar, ‘O Brasil está mais próximo dos EUA do que da China?’, está mais próximo dos EUA. Mas, do ponto de vista comercial, a China é tão importante quanto os EUA hoje para a balança comercial brasileira”, afirma o especialista.
Fonte: sputniknewsbrasil