Petróleo sobe com queda de estoques nos EUA e chances da Opep+ adiar aumento da produção


 

Por Nicole Jao

NOVA YORK (Reuters) – Os preços do petróleo se recuperaram nesta quarta-feira, subindo mais de 2% depois que dados mostraram que os estoques de petróleo e gasolina dos Estados Unidos caíram inesperadamente na semana passada e devido a relatos de que a Opep+ pode adiar um aumento planejado na produção de petróleo.

Após cair mais de 6% no início da semana devido ao risco reduzido de uma guerra mais ampla no Oriente Médio, os futuros do petróleo Brent fecharam com alta de 1,43 dólar, ou 2,01%, a 72,55 dólares o barril. O petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos subiu 1,4 dólar, ou 2,08%, a 68,61 dólares.

Os estoques de gasolina dos EUA caíram inesperadamente na semana passada para uma mínima de dois anos devido ao fortalecimento da demanda, disse a Administração de Informação de Energia, enquanto os estoques de petróleo também registraram uma queda surpreendente devido a uma queda nas importações.

As importações de petróleo da Arábia Saudita pelos EUA caíram para seu ponto mais baixo na semana passada desde janeiro de 2021, para apenas 13.000 bpd, abaixo dos 150.000 bpd da semana anterior. As importações de petróleo do Canadá, Iraque, Colômbia e Brasil caíram na semana, disse a AIE.

“O elemento mais favorável foi a redução dos estoques de gasolina em meio à maior demanda implícita”, disse o analista da Kpler, Matt Smith, acrescentando que as importações menores ajudaram os estoques de petróleo a obter uma pequena redução.

A Reuters informou que a Opep+, que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados como a Rússia, pode adiar um aumento planejado na produção de petróleo em dezembro por um mês ou mais devido a preocupações com a fraca demanda por petróleo e o aumento da oferta.

O grupo está programado para aumentar a produção em 180.000 barris por dia (bpd) em dezembro. A Opep+ cortou a produção em 5,86 milhões de bpd, o equivalente a cerca de 5,7% da demanda global por petróleo.

(Reportagem de Nicole Jao em Nova York, Arunima Kumar em Bengaluru, Ahmad Ghaddar em Londres e Trixie Yap em Cingapura)

Fonte: noticiasagricolas

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