Via @portalg1 | A advogada Juliane Bernardes, de 37 anos, que morreu depois de dar à luz em Goiânia, contou sobre a trajetória profissional dela nas redes sociais antes de sofrer um choque cardiogênico e tromboembolismo pulmonar no pós-operatório. Na internet, ela dividiu com os seguidores que trabalhava desde os 12 anos e que chegou a trabalhar como manicure para ajudar a pagar a faculdade de direito.
“Comecei a trabalhar com 12 anos em um salão de beleza, com 17 anos montei meu próprio salão. Paguei minha faculdade fazendo unhas, estágios, vendendo make e roupas”, revelou a advogada.
Juliane morreu na madrugada do dia 24 de outubro, dois dias depois do nascimento do filho dela, o pequeno Bell Bernardes. Segundo o marido de Juliane, Paulo Pinheiro, o bebê está bem.
Quem era Juliane?
Nascida em Caldas Novas, Juliane contou nas redes sociais que era apaixonada pela profissão que exercia. Nas redes sociais, ela se autointitulava “expert em solucionar os direitos dos consumidores em problemas aéreos”.
Além da advocacia, Juliane criava conteúdo sobre a área jurídica nas redes sociais, respondendo dúvidas de seguidores sobre os direitos deles.
A mulher também usava seu perfil na internet para compartilhar viagens e momentos com o marido, que também é advogado.
Parto e complicações
Advogada Juliane Bernardes, de 37 anos, morreu após dar à luz em Goiânia — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O pequeno Bell Bernardes, filho de Juliane e Paulo, nasceu no dia 22 de outubro. Logo após o nascimento do menino, o marido da advogada comemorou a chegada dele ao mundo por meio das redes sociais. Na foto, tirada logo após o parto, Juliane aparece segurando o filho no colo e o casal sorrindo.
dvogada Juliane Bernardes, de 37 anos, morreu após dar à luz em Goiânia — Foto: Reprodução/Redes Sociais
“Seja bem-vindo ao mundo, Bell Bernardes Pinheiro! Que a sua chegada seja embalada pelo ritmo contagiante da felicidade, trazendo ainda mais alegria e amor para a nossa família”, escreveu ele.
Na publicação, Juliane comentou agradecendo o marido pelo apoio e falando sobre a emoção daquele momento para ela: “Momento único e inesquecível! Obrigada meu amor por ter ficado ao meu lado o tempo todo! Você foi fundamental para me passar segurança e tranquilidade neste dia tão importante de nossas vidas”, comentou.
Juliane morreu dois dias após o parto. O marido disse que, segundo os médicos, Juliane sofreu choque cardiogênico e tromboembolismo pulmonar no pós-operatório.
“Ela estava internada, estava bem. Começou a ter falta de ar à noite, no dia do parto. Aí ela foi para a UTI e conseguiu ficar quase um dia, mas ainda com muita dor”, detalhou Paulo Pinheiro.
O Hospital Mater Dei Goiânia, onde Juliana estava internada em Goiânia, lamentou a morte da advogada. Em nota, a unidade de saúde disse que ela foi transferida para o hospital após dar à luz em outra maternidade, em estado muito grave.
“Ao chegar ao Mater Dei Goiânia, a paciente recebeu atendimento imediato da nossa equipe multidisciplinar da UTI, que não mediu esforços para recuperar sua saúde. Infelizmente, devido à gravidade, apesar de todos os esforços empregados, não foi possível reverter o quadro”, afirmou o hospital.
Pesar
Rafael Lara, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), lamentou a morte de Juliane nas redes sociais. Ele destacou que a advogada era presidente do Instituto Goiano de Direito Desportivo.
O Vila Nova Futebol Clube também lamentou a morte de Juliane. O marido da advogada é advogado do clube: “Dra. Juliane foi uma mulher de grande inspiração, atuante e admirada na comunidade do Direito Desportivo. Ao longo de sua trajetória, representou o Vila Nova em diversas oportunidades por meio do Pinheiro Advogados, deixando um legado de competência e dedicação”, escreveu o clube.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
Fonte: @portalg1