No G20, Brasil destaca urgência de financiamento para a adaptação à mudança do clima


O secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, reforçou nesta terça-feira (1º/10) o compromisso do Brasil com o combate à mudança do clima e a necessidade de aumentar o financiamento para que o mundo realize sua transformação ecológica. O secretário participou da abertura da quarta reunião técnica do grupo de trabalho de sustentabilidade ambiental e climática do G20, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. 

O encontro antecede a reunião ministerial do GT, coordenado por MMA e MRE, na quinta-feira (3/10). Sob presidência brasileira, o grupo tem quatro eixos: adaptação à mudança do clima, pagamento por serviços ambientais, oceanos e resíduos e economia circular. 

“As maiores economias do mundo podem auxiliar a destravar pontos, liderar pelo exemplo e dar um sinal para o resto do mundo sobre os compromissos efetivos”, disse Capobianco, ao destacar que os países integrantes do grupo são responsáveis por cerca de 80% da economia mundial. 

O secretário também afirmou que os países desenvolvidos têm responsabilidade de fornecer os recursos necessários para liderar a transformação ecológica. As nações mais ricas, afirmou, devem aumentar seus esforços para acelerar a transição para um modelo econômico mais sustentável.

“Nossa declaração deve expressar o papel dos países em alavancar e acelerar uma transformação profunda”, afirmou o secretário. 

Entre as medidas que serão debatidas nos próximos dias, Capobianco destacou ações de mitigação dos efeitos das mudanças do clima; o aumento das fontes de financiamento verde; o aumento da ambição climática nas metas de redução das emissões de carbono; e a preservação e uso sustentável dos oceanos. 

Vários países, destacou o secretário, já enfrentam situações de extremos climáticos. No Brasil, em abril e maio, o Rio Grande do Sul foi afetado pelas piores enchentes de sua história. Amazônia, Pantanal e Cerrado enfrentam graves estiagens, intensificadas pela mudança do clima, que facilitam o alastramento de incêndios florestais. 

“A situação é dramática em todo o mundo. A crise da biodiversidade, somada às demais crises ambientais em curso — perda da biodiversidade, aumento da desertificação, aumento da poluição — impacta todos os países e sociedades. Frente a este cenário, a sustentabilidade foi colocada como eixo central das prioridades para o Brasil durante sua presidência do G20”, disse Capobianco.

O secretário-executivo apontou como medidas concretas que serão debatidas nos próximos dias ações de mitigação dos efeitos das mudanças do clima; o aumento das fontes de financiamento verde, com vistas a aumentar a ambição climática nas metas de redução das emissões de carbono; e a preservação e uso sustentável dos oceanos. Outro ponto em discussão é a necessidade de estabelecer conexões entre o G20 e a COP (Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). (Com informações da Secom)

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Fonte: gov.br

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