Toffoli cita Tropa de Elite e diz que STF é instado a atuar de forma desafiadora


Durante cerimônia de lançamento de um livro em sua homenagem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, citou o filme “Tropa de Elite” e disse que o Supremo é instado a atuar de forma desafiadora.

Coordenado pelo ministro Gilmar Mendes, Daiane Nogueira de Lira e Alexandre Freire, o livro “Constituição, Democracia e Diálogo – 15 Anos de Jurisdição Constitucional do Ministro Dias Toffoli” traz uma série de artigos escritos por juristas, políticos e personalidades.

O livro, que celebra os 15 de atuação de Toffoli no STF, foi lançado em cerimônia no Supremo, com participação dos outros ministros, nesta quarta-feira (23).

“Eu brinco às vezes que aqui no Supremo é como se você estivesse naquele filme ‘Tropa de Elite’. Você sempre é instado a fazer, a atuar de maneira desafiadora,” disse Toffoli na ocasião.

Para o ministro, o papel de um integrante do STF é enfrentar adversidades e tomar decisões que podem gerar controvérsia.

Toffoli também falou sobre o processo de seleção pelo qual passam os membros do STF e disse que o mecanismo garante a legitimidade dos ministros da Suprema Corte.

Os candidatos a ministros do STF são indicados pelo presidente da República e passam por sabatina no Senado, sendo necessária a aprovação por maioria absoluta.

Vale ressaltar que Toffoli e outros ministros chegaram ao Supremo sem que tivessem atuado como juízes anteriormente. 

Indicação de Toffoli

Toffoli foi indicado para o STF pelo presidente Lula (PT) em 2009, durante o segundo governo do petista. Na época, Toffoli ocupava o cargo de ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU).

Entre as críticas à indicação de Lula, estava o fato de que Toffoli havia sido reprovado em dois concursos para ingresso na magistratura, na década de 1990.

Apesar da falha no currículo, a indicação ao STF foi aprovada pelo Congresso Nacional. 

Desde o início da sua carreira, Toffoli atuou junto ao PT com grande proximidade a Lula e José Dirceu. Era dele, inclusive, a responsabilidade de sugerir manobras regimentais ao PT para obstruir votações no Congresso durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Também partia dela sugestões de emendas contra projetos de interesse do governo.

Toffoli foi consultor jurídico da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em 1993, assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo e assessor da liderança do PT na Câmara dos Deputados.

Ele também atuou como advogado de Lula nas campanhas presidenciais de 1998, 2002 e 2006 e integrou a equipe de Dirceu na Casa Civil antes de chegar ao posto de advogado-geral da União.

Fonte: gazetadopovo

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