Anteriormente, Kwasi Kwarteng, o atual chanceler do Tesouro britânico, apresentou no Parlamento um “plano de apoio” à economia do país que implica a redução massiva de impostos. Kwarteng anunciou o cancelamento do aumento do imposto sobre os rendimentos corporativos de 19% para 25%, que estava previsto antes. Depois disso, o rendimento das obrigações estatais subiu para o nível máximo desde 2008 – 4,6%, o que significa uma redução da demanda de títulos de dívida britânicos. Nesse contexto, o governo Truss passou a ser severamente criticado.
“Eles [os parlamentares] já estão entregando cartas [com votos a favor da realização de um voto de desconfiança], acreditando que ela [Liz Truss] destruirá a economia”, cita o canal as palavras do membro do Parlamento britânico.
Um deputado do governista Partido Conservador afirmou não saber nada sobre o planejamento de um voto de desconfiança, mas acrescentou que não excluía que “alguma coisa vai suceder, tendo em conta os acontecimentos dos últimos dias“, diz o Sky News.
De acordo com as regras do Partido Conservador, os membros do Parlamento podem escrever ao presidente do chamado Comitê de 1922, Graham Brady, cartas pedindo a realização de um voto de desconfiança ao líder do partido. Para a votação ser realizada, devem votar cerca de 15% dos parlamentares do Partido Conservador (o que corresponde a cerca de 54 parlamentares).
Após o voto de desconfiança ser dado, realiza-se uma votação secreta de todos os membros do Parlamento do Partido Conservador. Se o líder do partido vencer a votação, recebendo mais de 50% dos votos, segue no seu cargo e obtém imunidade anual. Se sofrer uma derrota, tem de renunciar ao cargo sem possibilidade de participar das eleições seguintes para líder do partido.