A hipótese surgiu depois das localizações de 21 crateras que surgiram no período ordoviciano da história de nosso planeta, conhecido por um bombardeio de meteoritos excepcionalmente intenso, terem sido estudadas.
O estudo revelou que todas elas ficavam, na época, dentro de 30° a partir do equador, antes de o movimento das placas tectônicas as espalhar por todo o planeta.
Assim, cientistas presumiram que isso pode indicar a existência de um anel de asteroides que orbitaram a Terra.
O aparecimento do anel, por sua vez, é atribuído à aproximação de um grande asteroide muito perto da Terra.
O limite de Roche é o raio da órbita circular de um satélite que orbita um corpo celeste no qual as forças de maré causadas pela gravidade do corpo central são iguais às forças de autogravidade do satélite. Mais perto do que essa distância, o satélite é destruído pelas forças de maré.
No momento em que o asteroide estava passando o limite de Roche, as forças de maré rasgaram-no e a gravidade da Terra lançou os pedaços a circular à volta dela.
“Ao longo de milhões de anos, o material desse anel caiu gradualmente na Terra, criando o pico de impactos de meteoritos observado no registro geológico. Também observamos que as camadas de rochas sedimentares desse período contêm quantidades extraordinárias de detritos de meteoritos”, disse o autor principal do estudo, professor Andy Tomkins, da Escola da Terra, Atmosfera e Meio Ambiente da Universidade Monash.
© iStock.com / JoyTasaTerra com anéis de asteroides hipotéticos ao seu redor.
Terra com anéis de asteroides hipotéticos ao seu redor.
© iStock.com / JoyTasa
Os cientistas supõem que uma das razões da Glaciação Andino-Saariana, de 460 a 430 milhões de anos atrás, foi o anel de asteroides que afetou o clima da Terra naquela época, bloqueando a luz solar.
O artigo afirma que “as implicações dessa descoberta vão além da geologia, levando os cientistas a reconsiderar o impacto mais amplo dos eventos celestes na história evolutiva da Terra”.
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Fonte: sputniknewsbrasil