“Existe um risco de mobilização de cidadãos moldavos nas zonas do Leste da Moldávia [Transnístria]. Estamos considerando a opção de retirar a cidadania aos que possuem apenas a cidadania moldava e participem do conflito armado do lado do agressor”, afirmou Sandu.
Ela acrescentou que ainda não há informações confirmadas sobre o recrutamento de moradores da Transnístria, mas, em todo o caso, as autoridades avisam que os que possam ser mobilizados e apoiem a Rússia serão “punidos”.
A presidente moldava especificou que, antes de mais nada, está sendo considerada a opção de privar de cidadania as pessoas que têm dupla cidadania moldava e russa.
A Transnístria, com 60% da população de origem russa e ucraniana, anunciou a sua separação da Moldávia ainda antes da dissolução da União Soviética. Na época, a Transnístria temia que a Moldávia se unisse à Romênia. Em 1992, após uma tentativa fracassada das autoridades moldavas de resolver o problema por meios militares, a Transnístria de fato se tornou um território não controlado por Chisinau.
Em 21 de setembro, o presidente Vladimir Putin declarou a mobilização parcial na Rússia. Segundo o ministro da Defesa russo Sergei Shoigu, a mobilização parcial é necessária a fim de controlar a linha de contato de mil quilômetros e proteger os territórios libertados da Ucrânia. Nesse contexto, apenas 1% do potencial de mobilização será convocado nesta fase.
Conforme o presidente russo, a decisão corresponde plenamente às ameaças que o regime neonazista na Ucrânia e os países da OTAN colocam perante a Rússia ao continuarem fornecendo armas letais a Kiev, contribuindo para mais mortes entre a população civil.