A Hyundai e a General Motors (GM), dona da Chevrolet assinaram, na última quinta-feira (12), um acordo para desenvolverem, juntas, veículos a combustão, elétricos e a hidrogênio. O objetivo é reduzir custos e aumentar a eficiência, não só energética, como também das próprias empresas.
A parceria prevê a produção de veículos de passageiros e comerciais, bem como o desenvolvimento de motores a combustão e tecnologias de energia limpa, que poderão ser implantadas no processo de eletrificação e até mesmo no investimento em hidrogênio.
Outro destaque vai para o interesse das fabricantes em compartilhar matérias-primas para a produção de baterias. Assim, o acordo foca em aumentar a competitividade dos produtos das fabricantes em determinados segmentos de veículos. Nesse cenário, pode-se imaginar que trata-se de veículos eletrificados, frente ao crescimento de marcas chinesas nessa porção do mercado.
Ainda não há uma data de previsão para que o consumidor possa ver os produtos que serão frutos desse acordo, mas vale dizer que tanto a Hyundai como a Chevrolet divulgaram em notas recentes a mudança de rumo nos planos de eletrificação total das marcas. Assim, o foco na linha de produção não estaria mais concentrado em veículos elétricos, mas sim, nos híbridos.
No caso da fabricante sul-coreana, o plano de ações até 2023 divulgado durante evento em agosto tem como objetivo dobrar a quantidade de veículos híbridos à venda ao redor do mundo. Em paralelo, a marca revelou desaceleração na produção de elétricos e investimento em modelos conhecidos como EREVs, ou seja, veículos elétricos que oferecem uma extensão de autonomia; esta oferecida por um motor a combustão.
Nesse sistema, o propulsor a gasolina não traciona as rodas, mas serve como gerador de energia que alimenta o motor elétrico, este sim de tração. A marca fala em autonomias superiores a 900 km.
Falando da marca americana, a CEO da GM, Marry Barra, afirmou em entrevista concedida à CNBC, em julho, que a fabricante não vai bater a meta que previa a produção de 1 milhão de veículos elétricos até 2030. Na época, foi revelada queda na procura por carros do segmento, principalmente no mercado americano. É importante ressaltar ainda, que a GM já teve o plano de pular dos motores a combustão diretamente para a propulsão elétrica, sem considerar a hibridificação. Claramente, este cenário agora mudou.
A Hyundai não é a primeira parceira da GM no caminho da eletrificação com custos mais baixos. Em 2022, a marca americana firmou um acordo com a Honda. Porém, o negócio foi desfeito em outubro do ano passado.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews