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A velocista italiana Ambra Sabatini chegou a Paris com o objetivo de defender seu título de ouro nos 100 metros, conquistado há três anos nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. A atleta de 22 anos, recordista mundial da prova, estava determinada a manter sua supremacia na pista, mas um acidente com sua prótese frustrou seus planos. (Vídeo no final da matéria).
Na final dos 100 metros femininos na classe T63, Sabatini largou da sexta raia. Embora sua saída não tenha sido a melhor, ela rapidamente começou a recuperar posições, assumindo a liderança da prova pouco antes da chegada. Tudo indicava que ela alcançaria seu objetivo, mas a dez metros da linha de chegada, a atleta de Livorno tropeçou e caiu, o que a impediu de garantir o ouro.
A queda foi ainda mais dramática porque, ao cair, arrastou consigo sua compatriota Monica Graziana Contrafatto, que também caiu ao chão quando parecia certa de conquistar o bronze. Esse incidente inesperado resultou em ambas as atletas italianas ficando sem medalha, em um momento que comoveu muitos espectadores e usuários das redes sociais.
A reação de Sabatini ao final da prova foi de profundo desânimo. A atleta desabou em lágrimas ao perceber que seu sonho de defender o ouro havia escapado. “Estou em choque, não sei o que aconteceu, queria lutar e, em vez disso, isso aconteceu”, disse, com os olhos cheios de lágrimas, a porta-bandeira da Itália nesses Jogos Paralímpicos. “Gostaria de ter dado essa alegria aos meus pais que estão aqui, às pessoas que estão aqui e a todo o apoio que recebi nesse último período”, acrescentou.
As redes sociais não demoraram a reagir, com inúmeros comentários lamentando a má sorte de Sabatini e Contrafatto. “Era um pódio fácil, que pena enorme, incríveis como sempre”, comentou um usuário. Outro acrescentou: “Que susto, o importante é que estejam bem”. Alguns até especularam sobre as causas da queda: “Ambra caiu por problemas com a válvula protética. Na verdade, pode ter se repetido o vazamento de ar que ocorreu logo antes da largada”.
No final, o ouro ficou com a também italiana Martina Caironi, enquanto a prata foi para a indonésia Karisma Evi Tiarani. Os juízes, após analisar as imagens do fotofinish, decidiram conceder duas medalhas de bronze: uma para a britânica Ndidikama Okoh e outra para Contrafatto, reconhecendo que a queda provocada por sua compatriota Sabatini afetou sua performance. Essa decisão foi resultado de um recurso da Itália e da revisão das imagens que demonstraram que Contrafatto merecia o bronze. “Infelizmente, machuquei a Monica e sinto muito”, lamentou Sabatini.
Para Contrafatto, de 43 anos e natural de Gela, a medalha de bronze conquistada teve um sabor agridoce, pois veio acompanhada da tristeza pela má sorte de sua companheira de equipe. Essa atleta já havia conquistado o título em Londres 2012 e no Rio 2016, e buscava repetir o sucesso de Tóquio 2020 junto com suas companheiras, quando tanto Contrafatto, quanto Sabatini e Caironi completaram um pódio totalmente azzurro. Apesar do incidente, o time italiano de atletismo demonstrou sua sólida participação nos Jogos Paralímpicos de Paris, acumulando um total de 71 medalhas até o momento, das quais 24 são de ouro, superando o recorde estabelecido em Tóquio 2020. As Flechas Azuis italianas estiveram perto de repetir o histórico pódio de Tóquio, um feito que lhes rendeu grande notoriedade e manchetes em todo o mundo. No entanto, desta vez a má sorte impediu que Sabatini se juntasse a suas duas companheiras no pódio.
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Fonte: gazetabrasil