Fintechs, investimentos e oportunidades
“É muito mais fácil surgirem iniciativas que resolvam problemas pontuais lá, já que o mercado [da Colômbia e do México] é muito mais carente do que o daqui [do Brasil]. O Brasil é um mercado muito bem desenvolvido, do ponto de vista do segmento financeiro. Muita tecnologia, automação. […] O próprio Pix já é um case global em meios de pagamento“, explicou Mueller.
“Os principais fatores do crescimento de fintechs no México e na Colômbia são basicamente um ambiente regulatório mais favorável para a criação desse perfil de empresas, muito em virtude de legislações específicas que visam incentivar o setor. Agrega-se a capacidade desses países em criar um ecossistema em parceria entre bancos tradicionais e as fintechs, o que apoia muito a expansão do setor“, arguiu Barros, que também é reitor do Ibmec Rio.
“No México, ainda existe um percentual relativamente grande em dinheiro físico. […] Isso mostra o tamanho da oportunidade que ainda tem lá pra se criar soluções. O Brasil já é muito mais tecnológico, o que torna mais difícil subir essa barra”, complementou o CEO da Darwin Startups.
Brasil não perde espaço para outros países
“Quando observamos os dados de fintechs, de maneira geral, os maiores índices da área são os que envolvem o Brasil… Tendo como destaque o case do Nubank — que hoje é o maior banco em número de usuários do país. […] A instituição, inclusive, vem fazendo aquisições de M&A [sigla em inglês para o processo de fusões e aquisições entre companhias]“, embasou.
“O mercado brasileiro é muito maior. O país representa aproximadamente mais de 50% [do mercado] da América Latina. […] O que pode justificar os investimentos é porque esses países estão em ascensão e ainda não passaram pelo movimento de transformação e digitalização das finanças, como o Brasil passou nos últimos cinco ou dez anos”, explicou Perez à Sputnik.
Fonte: sputniknewsbrasil