A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) que a bandeira tarifária para o mês de setembro será vermelha. Isso significa que as contas de luz de famílias e empresas terão um aumento adicional, tornando a energia elétrica mais cara.
Com a bandeira vermelha, o custo da tarifa subirá R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh). Considerando que o consumo médio de uma residência urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh, o impacto no valor da conta pode ser significativo, especialmente para aqueles que não utilizam ar-condicionado.
Esse aumento está sendo implementado devido à necessidade de acionar usinas termelétricas mais caras, em função da seca que afeta a região Norte do país. A redução na geração de energia pelas hidrelétricas, aliada à alta demanda durante os horários de pico e a baixa disponibilidade de energia renovável, tem forçado a utilização dessas fontes de geração mais onerosas.
A última vez que o governo acionou a bandeira vermelha foi em agosto de 2021, durante uma crise hídrica. No mês seguinte, a Aneel introduziu a bandeira “escassez hídrica”, a mais alta de todas, para enfrentar a grave seca que afetou a geração hidrelétrica. A bandeira “escassez hídrica” permaneceu em vigor até abril de 2022, quando foi substituída pela bandeira verde, sem cobrança adicional.
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias da Aneel visa informar os consumidores sobre os custos variáveis da geração de energia no Brasil. Esse sistema reflete o custo da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos e o acionamento de fontes de geração mais caras.
A Aneel enfatiza que as bandeiras tarifárias permitem que os consumidores desempenhem um papel mais ativo no gerenciamento de suas contas de energia. Com o aviso prévio sobre o valor adicional, os consumidores têm a oportunidade de ajustar seu consumo para mitigar o impacto financeiro.
Fonte: gazetabrasil