“O meu voto e da minha família é de Damares Alves. E os meus candidatos são os candidatos do meu marido Jair Messias Bolsonaro. Hoje eu louvo e agradeço a Deus pela vida da minha irmã, a minha amiga, a minha eterna ministra e a minha futura senadora do Distrito Federal Damares Alves”, disse Michelle, durante evento de campanha num hotel em Brasília.
“Não mexam com ela. Se mexer com ela, você vai mexer comigo. Eu sempre falo que a dor da Damares é a minha dor e a alegria da Damares é a minha alegria. Meus irmãos tenham muito cuidado com os lobos que estão vestidos em peles de cordeiros”, emendou a primeira-dama.
Michelle tem feito campanha para Damares, que é candidata ao Senado em chapa avulsa e enfrenta Flávia Arruda, do PL de Bolsonaro. Ainda assim, a pastora decidiu apoiar a candidatura à reeleição do governador Ibaneis Rocha (MDB), que formou chapa com Flávia.
A volta de Damares à corrida pelo Senado foi mais um capítulo da cisão do bolsonarismo no DF. Por intervenção direta do presidente da República, a pastora teve de abandonar sua candidatura na aliança formal com Ibaneis. Acabou resgatado o acordo firmado em 2021 entre o chefe do Executivo local e Flávia Arruda. A costura deixou a ex-ministra da Mulher sem espaço e irritou o Republicanos, que apoia a reeleição de Bolsonaro.
O Broadcast Político adiantou em 27 de julho que o Republicanos havia se irritado com o presidente e negociava lançar Damares em chapa avulsa. A candidatura da pastora foi oficializada em 5 de agosto, com apoio do União Brasil, que indicou o presidente do partido no DF, Manoel Arruda, como suplente.
Em 18 de agosto, Bolsonaro começou a pedir votos para candidatos ao Senado e a governos estaduais durante sua tradicional live de quinta-feira, mas evitou endossar nomes específicos nos Estados onde há palanque duplo, como é o caso do DF, com Damares e Flávia. Na pesquisa Ipec divulgada nesta quarta-feira, 21, a ex-ministra da Secretaria de Governo apareceu com 28% dos votos, contra 21% da pastora.