Não faltam evidências de que o sistema Autopilot, o modo autônomo da Tesla, foi causador de alguns acidentes fatais pelo mundo. Mas este sistema também atua pela segurança. Nesta semana, um motorista na Suécia se livrou de uma colisão iminente graças ao recurso de segurança ativa (Adas) da fabricante de Elon Musk.
A câmera instalada no painel do Model 3, o sedã mais barato da Tesla, flagrou o momento em que um Audi tentou fazer uma conversão à esquerda em uma rodovia de pista simples e mão dupla, sem esperar o veículo que vinha pelo lado oposto passar.
Tão logo percebeu que o outro carro estava invadindo sua faixa, o carro elétrico reagiu em milésimos de segundos, evitando uma colisão frontal. O vídeo foi publicado em uma rede social pelo motorista do Model 3, que alegou que seu Tesla estava em modo 100% autônomo no momento da ocorrência.
“Passou muito perto de bater. Fiquei um pouco assustado pelo que poderia ter acontecido. Os carros da Tesla salvam vidas”, afirmou o proprietário no X, antigo Twitter.
A intervenção do Tesla surgiu num momento delicado para a fabricante de Elon Musk. O modo de condução autônoma, que consiste nas tecnologias Autopilot e Full Self-Driving (FSD), é alvo de investigações pelo mundo. Para as autoridades americanas, o sistema ainda não é confiável o suficiente para ter seu uso permitido sem interferência humana.
O Full Self-Driving pode mudar o veículo de direção e até tomar decisões automaticamente. Já o modo Autopilot é mais parecido com um controle de cruzeiro adaptativo, pois apenas mantém distância do veículo à frente, freando e reacelerando conforme a necessidade. Inclusive, muitos donos de Tesla confundem as configurações.
No início de agosto, um Tesla em modo autônomo foi responsável pela morte de um motociclista nos Estados Unidos. O condutor olhava o celular no momento da colisão, mas os radares do carro também não detectaram o homem de 28 anos à sua frente. Este foi o segundo acidente com vítima fatal envolvendo o polêmico sistema FSD em 2024.
Autoesporte também repercutiu o caso em que um motorista dormiu ao volante de um Tesla, também na Suécia. O carro percorreu mais de 40 km sem qualquer intervenção humana. Ele foi indiciado por direção perigosa.
Outro caso recente envolveu uma falha no piloto automático. A câmera do sistema FSD perdeu a visibilidade da pista por causa da forte neblina e quase causou uma colisão com um trem. O homem desviou dos trilhos, mas acabou atingindo a cancela à beira da pista. Por mais que o controle do carro seja responsabilidade do condutor, chamou atenção o fato do Tesla não desativar o modo autônomo em condições impróprias.
Proprietários de Tesla pensam que os carros têm automação completa — o que não é verdade. Existem cinco níveis para a condução autônoma, e os carros da marca são apenas de categoria 2 (por mais que tenham recursos de categoria 3). Confira abaixo:
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Fonte: direitonews
