O Fantástico do último domingo (25) revelou que quase 2,5 milhões de carros estão com um recall pendente por uma falha que já matou 7 pessoas no Brasil. Estamos falando dos airbags defeituosos da japonesa Takata, um dos maiores escândalos da indústria automotiva nos últimos anos.
O caso amplamente conhecido voltou ao noticiário por conta de novas mortes atribuídas ao defeito, descoberto mais de uma década atrás, e que envolve quase 20 fabricantes e mais de 100 milhões de veículos em todo o mundo.
Segundo o Fantástico, no Brasil, mais de 5 milhões de carros foram chamados para trocar a peça com defeito. Porém, só metade dos proprietários levaram o carro para realizar o reparo. Vale lembrar que o recall é gratuito.
O imenso recall da japonesa Takata veio à tona em 2013 quando se descobriu o defeito na abertura dos insufladores produzidos pela empresa, e novos chamados por causa do defeito continuam sendo descobertos. A falha ganhou mais atenção em 2014 ao passar a ser associado a mortes fora do Brasil.
Em todo o mundo, o número de veículo chamados para recall por causa do problema passou dos 100 milhões, de 19 diferentes fabricantes, o que o torna o maior recall da história automotiva. Ao menos 30 mortes e 300 feridos estão relacionados à falha, de acordo com agência Reuters.
O problema está em uma peça defeituosa chamada insuflador. Ela é um tipo de caixa metálica que abriga o gás que faz a bolsa de ar inflar.
O defeito nessa peça causa uma abertura forte demais quando o airbag é acionado. Além disso, a falha gera trincas no insuflador e, com a explosão do airbag, ele se estilhaça, atirando pedaços de metal contra os ocupantes, causando ferimentos que podem ser fatais.
A quebra do insuflador e a forte explosão do airbag (a velocidades de até 320 km/h) resultam de uma combinação de 3 fatores.
Os airbags da Takata usam nitrato de amônio para fazer a bolsa de ar abrir. O nitrato, por si só, é relativamente pouco explosivo. Ele se apresenta como um pó branco e é seguro, desde que não aquecido. O risco é maior após longa exposição do carro ao calor ou a ambientes úmidos.
A montagem do dispositivo da Takata permite que a umidade penetre no airbag e corrompa partes metálicas, que se quebram na explosão, rompem a bolsa e atingem os ocupantes.
A lei obriga as montadoras a anunciar recalls em meios de comunicação, como televisão, jornais e rádio. Nos sites das marcas geralmente há uma área onde estão os comunicados de todos os chamados realizados.
As montadoras também costumam comunicar por carta os proprietários dos veículos envolvidos e disponibilizam um número com ligação gratuita para mais informações. Nos avisos, elas informam o modelo, ano de fabricação e o número de chassi das unidades convocadas.
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Fonte: direitonews