Um grupo internacional de pesquisadores encontrou evidências que sugerem que o organismo celular complexo que deu origem à vida na Terra pode ter surgido antes do que se pensava, algumas centenas de milhões de anos após a formação do nosso planeta, comunicou na sexta-feira (23) o portal Live Science.
Os pesquisadores acreditam que o LUCA (último ancestral universal, em inglês) tem os genes presentes em todos os seres vivos, desde a bactéria E. coli até as baleias azuis. Com observações das mudanças que os genes dos organismos vivos sofreram ao longo do tempo, o estudo publicado na revista Nature Ecology and Evolution poderia estimar quando o LUCA viveu.
Uma pesquisa realizada em 2016 indicou que LUCA era provavelmente um organismo que evoluiu em um ambiente privado de oxigênio e vivia de hidrogênio. Além disso, indicou que ele era um termófilo, ou seja, podia suportar condições extremas de temperatura. A idade do LUCA foi estimada em 3,9 bilhões de anos por um estudo de 2018.
13 de julho, 11:17
Os cientistas construíram uma árvore da vida do LUCA, comparando os genes de 700 espécies de micróbios modernos (bactérias e arquéias). Esses microrganismos foram escolhidos por serem considerados as formas de vida mais antigas existentes atualmente.
Segundo o novo estudo, o LUCA tinha um genoma que codificava até 2.600 proteínas, bem como um sistema imunológico rudimentar conhecido como CRISPR, que permitia que ele se defendesse contra vírus. Além disso, o organismo possuía um gene que pode tê-lo protegido da luz ultravioleta, razão pela qual se acredita que ele tenha vivido na superfície do oceano. Esse ambiente fornecia ao LUCA hidrogênio e dióxido de carbono para alimentação.
A atual pesquisa sugere assim que nosso ancestral universal viveu há aproximadamente 4,2 bilhões de anos, 300 milhões de anos após a formação da Terra.
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Fonte: sputniknewsbrasil
