São Paulo Registra 2.316 Focos de Incêndio em 48 Horas e Supera Recorde Histórico


Nas últimas 48 horas, o estado de São Paulo registrou 2.316 focos de incêndio, de acordo com o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse número impressionante foi alcançado antes mesmo do fim do mês de agosto, ultrapassando o recorde anterior de 2.444 focos, estabelecido em agosto de 2010. Até o momento, o estado já contabiliza 4.973 focos de incêndio em 2024, e o recente aumento representa 63,8% desse total.

São Paulo, tradicionalmente menos afetado por queimadas em comparação a estados como Mato Grosso e Pará, liderou o número de focos de incêndio no período. Incêndios de grandes proporções registrados no interior do estado nesta sexta-feira (23) tiveram consequências devastadoras, cobrindo cidades de fumaça, bloqueando rodovias e resultando na morte de dois funcionários de uma usina em Urupês, que tentavam combater o fogo.

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Diante da gravidade da situação, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) determinou a criação de um gabinete de crise para enfrentar as queimadas. Na manhã deste sábado (24), o governador sobrevoou de helicóptero as áreas mais afetadas do estado para avaliar os danos e coordenar as ações de resposta.

O Centro de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil estadual colocou 34 cidades em alerta máximo para queimadas, sendo que 24 delas enfrentam focos ativos de incêndio. Essas localidades sofrem com a combinação de baixa umidade do ar e alto risco devido à onda de calor que atinge a região.

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As queimadas também causaram transtornos no tráfego. Na sexta-feira, 17 rodovias em todo o estado foram interditadas devido à fumaça e às chamas. Na capital paulista, o céu adquiriu uma coloração avermelhada ao entardecer, um fenômeno causado pela refração dos raios solares em partículas de poeira e fuligem no ar. Embora a principal fonte dessa fumaça seja o sul da Amazônia, onde o desmatamento e as queimadas são intensos, os incêndios no interior de São Paulo também contribuíram para a má qualidade do ar na cidade.

O fenômeno do céu vermelho é comum durante períodos de seca e queimadas, sinalizando um acúmulo significativo de partículas no ar, o que agrava a poluição e afeta a saúde da população. Os ventos que inicialmente sopram de leste para oeste encontram barreiras naturais, como a cordilheira dos Andes, e mudam de direção, trazendo a fumaça para estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo.

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Fonte: gazetabrasil

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