O ministro das Relações Exteriores, Lin Chia-lung, e o conselheiro de Segurança Nacional de Taiwan, Joseph Wu, estiveram na capital norte-americana esta semana para as negociações conhecidas como “canal especial”, de acordo com várias pessoas familiarizadas com a visita, ouvidas pelo jornal britânico.
As fontes, no entanto, não revelaram o local ou o momento das discussões, diz a mídia.
Os EUA e Taiwan mantêm as conversas do “canal especial” há anos, mas sua existência foi divulgada apenas em 2021.
O último encontro desse tipo aconteceu em fevereiro de 2023, quando Joseph Wu e Wellington Koo Li-hsiung, então conselheiro de Segurança Nacional e agora ministro da Defesa, se encontraram no norte da Virgínia com autoridades norte-americanas.
Sucessivas administrações nos EUA mantiveram o canal em segredo para evitar críticas chinesas ao envolvimento sensível. Segundo uma prática de longa data, o ministro das Relações Exteriores e o ministro da Defesa taiwaneses não podem entrar no distrito de Columbia, então a reunião geralmente é realizada na área metropolitana de Washington.
O encontro acontece em um momento delicado, enquanto a China observa como o chefe da administração de Taiwan, Lai Ching-te, lidará com as relações China-EUA.
Segundo a mídia, algumas autoridades estadunidenses também estão nervosas, em particular sobre Lai, que é inexperiente em relações exteriores e visto como mais imprevisível do que sua antecessora, Tsai Ing-wen.
Randy Schriver, um antigo alto funcionário do Pentágono na Ásia, disse ao jornal que o “canal especial” sempre foi importante por causa dos contatos limitados permitidos pelo relacionamento não oficial, acrescentando que “era particularmente importante agora, dada a atividade militar chinesa cada vez mais assertiva perto de Taiwan”.
Pequim vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China. A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas afirma já ser, mantendo laços próximos a países ocidentais, principalmente os EUA, que oficialmente reconhecem o princípio de Uma Só China.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Fonte: sputniknewsbrasil