Justiça reverte decisão e impede destruição de armas de mãe e filho acusados de duplo homicídio


Conteúdo/ODOC – O juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte de Cuiabá), determinou nesta quinta-feira (15) que as armas utilizadas por Inês Gemilaki, Bruno Gemilaki Dal Poz e Edson Gonçalves Rodrigues no duplo homicídio ocorrido em abril deste ano não sejam destruídas. A decisão reverte uma ordem anterior que previa o envio do armamento ao Comando do Exército para destruição ou doação.

A reconsideração atende a um pedido da defesa, que argumentou que as armas ainda são relevantes para o andamento do processo. As armas em questão foram usadas por Inês, Bruno e Edson durante um ataque à casa de Márcio Gonçalves Rodrigues, conhecido como “Polaco”, a pessoa que Inês buscava matar. Nas imagens das câmeras de segurança, Bruno aparece com uma espingarda, enquanto Inês carrega um revólver, que usou para quebrar um vidro da casa e atirar em quatro pessoas, matando duas delas: Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo.

No dia 21 de abril, Inês Gemilaki, seu filho Bruno Gemilaki Dal Poz, e o cunhado dela, Edson Gonçalves Rodrigues, foram acusados pelo Ministério Público de homicídio qualificado pelas mortes de Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo. Outras duas pessoas foram feridas no ataque, incluindo “Polaco”, o alvo inicial de Inês. Além das acusações criminais, o Ministério Público também solicitou uma indenização de R$ 2 milhões para as famílias das vítimas e os sobreviventes.

De acordo com as investigações, Inês, Bruno e Edson estavam em uma festa de aniversário na casa de Edson quando Inês decidiu agir contra “Polaco”. Armados, os três foram de carro até a casa das vítimas. Inês invadiu o local e disparou contra quatro pessoas, matando duas delas. Após o crime, Inês e Bruno se esconderam em uma fazenda, enquanto Edson fugiu para outra cidade com seu irmão, que é marido de Inês. Todos foram presos dias depois.

A motivação para o ataque teria sido um desentendimento entre Inês e “Polaco” relacionado ao aluguel da casa dele, onde ela morava. Segundo relatos, “Polaco” teria reclamado das condições da piscina da residência e, ao descobrir que ele monitorava as imagens das câmeras de segurança, Inês desligou os dispositivos, temendo que ele a tivesse visto nua, já que costumava andar de lingerie pela casa.

A situação evoluiu para uma disputa judicial, em que “Polaco” tentou reaver a casa e cobrar por supostos danos. Inês venceu o processo, mas as brigas e ameaças continuaram. Dias antes do ataque, “Polaco” teria avisado a Inês que seis homens haviam ido à sua casa procurando por ela, afirmando que queriam matá-la.

Fonte: odocumento

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