Ataque de Kiev a Kursk foi planejado com participação do Ocidente e da OTAN, diz Kremlin


“Foi o Ocidente que colocou a junta criminosa à frente da Ucrânia, os países da OTAN abasteceram Kiev com armas, instrutores militares, fornecem constantemente informações e controlam as ações dos neonazistas. A operação na região de Kursk também foi planejada com a participação das agências de inteligência da OTAN e ocidentais”, disse Patrushev.
Já as declarações dos EUA sobre a não participação do país nos crimes de Kiev na região de Kursk não correspondem à realidade, segundo ele, já que “sem a participação e o apoio direto das autoridades americanas, Kiev não teria arriscado entrar em território russo”, afirmou o oficial.
A vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, fala em uma entrevista coletiva no Pentágono. Washington, D.C., 4 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.08.2024

“Atualmente, o povo ucraniano está sofrendo em nome dos interesses americanos, que os EUA transformaram de um estado em um projeto militar antirrusso. Os esforços de Washington criaram todas as condições para que a Ucrânia perca sua soberania e parte de seus territórios, incluindo aqueles que alguns aliados americanos já cobiçavam há muito tempo”, disse Patrushev.

Mais cedo o Departamento de Defesa dos EUA declarou que não tem conhecimento da decisão do presidente Joe Biden de fornecer mísseis de cruzeiro de longo alcance à Ucrânia. A porta-voz adjunta do Pentágono, Sabrina Singh, disse em coletiva de imprensa que os Estados Unidos continuarão a adaptar os tipos de armas fornecidos à Ucrânia às necessidades de Kiev.
Na semana passada, tropas ucranianas lançaram um ataque à região de Kursk, na Rússia, e supostamente tomaram vários assentamentos. A ação marcou a agressão mais significativa da Ucrânia contra a Rússia desde fevereiro de 2022.

Venezuela

O oficial russo também chamou a atenção para o nível de interferência dos EUA nos assuntos soberanos da Venezuela.

“Após outra tentativa fracassada de golpe de Estado neste país, Washington oferece a Nicolás Maduro uma demissão antecipada, prometendo-lhe em troca renunciar à sua futura acusação de acordo com as leis americanas.”

Ele destacou que Washington, sem esperar pelos resultados da contagem e subsequente auditoria dos votos, apelou à comunidade mundial para reconhecer o líder da oposição Edmundo Gonzalez como o vencedor das eleições presidenciais na Venezuela.
As eleições presidenciais na Venezuela ocorreram em 28 de julho, com o Conselho Nacional Eleitoral declarando o presidente Nicolás Maduro o vencedor. No dia seguinte, eclodiram protestos no país contra os resultados destas eleições. Mais de 250 redutos policiais foram destruídos, vários atos de vandalismo e saques foram registrados e dois militares foram mortos.
Na semana seguinte às eleições, os agentes da lei detiveram mais de 2 mil pessoas acusadas de destruir infraestruturas do Estado, incitar o ódio e o terrorismo.
Legisladores dos EUA e da UE responsáveis ​​pelas relações internacionais ameaçaram o presidente venezuelano se ele não renunciasse voluntariamente, chamando os resultados da votação de fraudulentos.
Moscou declarou que a oposição venezuelana deve admitir a derrota e alertou países terceiros contra o apoio às tentativas de abalar a situação dentro da Venezuela.

Conflitos em Bangladesh e na Sérvia

O conselheiro do Kremlin acrescentou que os países ocidentais procuram incitar conflitos em outros países, incluindo Bangladesh e Sérvia.
“Não é por acaso que a ex-primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, considere que os Estados Unidos estão envolvidos na sua demissão e no aumento da criminalidade no seu país. A causa, na sua opinião, poderia ser a recusa em fornecer a Washington o Ilha Martin, de Bangladesh, na Baía de Bengala, para a implantação de uma base militar dos EUA”, disse Patrushev.
Há cerca de duas semanas, Hasina deixou o cargo em meio à agitação no país e deixou a residência oficial na capital, Dhaka. A Sérvia também foi palco de protestos violentos no fim de semana devido ao projeto mineiro de Jadar, que prevê a extração de lítio na zona de Loznica, no oeste do país.
Os países ocidentais utilizam diferentes razões para organizar as chamadas revoluções coloridas em outros países, ressaltou, a fim de “substituir governos legítimos por políticos leais a Washington e formados no estrangeiro. Em particular, o Ocidente tentou fazê-lo na Sérvia”, afirmou ele.

Sanções deram impulso ao desenvolvimento da construção naval russa

Na mesma entrevista, o representante do Kremlin disse que s sanções ocidentais deram impulso ao desenvolvimento da construção naval russa e à criação de novas cadeias de abastecimento, disse o assistente do presidente russo.
“As medidas tomadas neste sentido permitiram à Rússia dar um novo impulso ao desenvolvimento da construção naval, ao surgimento de novas cadeias de abastecimento, e um aumento da atividade econômica externa através da procura de novos mercados nos países da região Ásia-Pacífico, América Latina e África”, observou ele.
Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Também estamos nas redes sociais X (Twitter) e TikTok.

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Mato Grosso supera recordes em exportações de algodão
Próxima Senadores Voltam a Trabalhar: Veja o Que Não Será Prioridade de Votação, Segundo Pacheco