O BYD Dolphin revolucionou o mercado brasileiro quando foi lançado em julho de 2023 custando abaixo de R$ 150 mil (R$ 149.800, para ser exato). O preço competitivo somado ao bom pacote de equipamentos e ao espaço interno de fazer inveja a carros maiores, fizeram o modelo atingir em poucos meses o posto de carro elétrico mais vendido do país.
Para se ter uma ideia desse sucesso, o BYD Dolphin registrou 6.806 emplacamentos no ano passado, chegando a superar BMW 320i, Volvo XC60, Nissan Sentra e Citroën C4 Cactus. No primeiro semestre, o elétrico vendeu 9.608 unidades e ficou à frente de modelos tradicionais, como Chevrolet Spin, Jeep Commander, Honda City e Nissan Versa, de acordo com a Fenabrave (associação dos concessionários).
O bom desempenho do Dolphin obrigou a concorrência a baixar os preços dos seus elétricos. Subcompactos, como Caoa Chery iCar e Renault Kwid E-Tech, ficaram mais baratos para tentar conter as vendas do chinês.
Medindo 4,12 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,57 m de altura e bons 2,70 m de distância entre-eixos, o BYD Dolphin tem o mesmo porte do Honda Fit, mas a sua cabine chega a ser maior que a de um Toyota Corolla graças à estrutura desenvolvida especificamente para um carro elétrico, pois não há perda de espaço para a acomodação dos componentes inerentes a um modelo a combustão (túnel de transmissão, tanque de combustível, etc).
O porta-malas, por sua vez, tem apenas 250 litros de capacidade pelo fato de o banco traseiro ser recuado para ampliar o espaço para os passageiros.
A bateria de lítio ferro-fosfato instalada em um compartimento específico sob o assoalho tem 44,5 kWh de capacidade para fornecer 356 km de autonomia – as medições do Inmetro indicam alcance de 291 km. O componente tem potência de recarga de 6,6 kW em corrente alternada (AC) e 60 KW em corrente contínua (DC) – na maior, a bateria é recarregada de 20% a 80% em 25 minutos.
O motor dianteiro de 95 cv de potência e 18,4 kgfm de torque entrega desempenho mais que suficiente para o uso urbano, o mais indicado para a proposta do BYD Dolphin. A ficha técnica informa que o elétrico de 1.405 kg acelera de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 160 km/h.
O BYD Dolphin é sempre equipado com seis airbags; controles de estabilidade e tração; faróis em LED com acendimento automático; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; câmera com visão em 360°; freio de estacionamento eletrônico; chave presencial; controle de cruzeiro; painel digital de 5 polegadas; bancos revestidos de couro; rodas aro 16″, entre outros. A chamativa central multimídia com tela rotativa de 12,8″ tem conexão com Android Auto e Apple CarPlay.
Meses depois do lançamento, o BYD Dolphin ganhou duas novas versões: Diamond e Plus. A primeira nada mais é que a configuração básica, com o diferencial da pintura preta metálica.
A Plus é a variante topo de linha, com mudanças visuais e motor mais potente. Os para-choques têm desenho exclusivo e a carroceria tem pintura bicolor, enquanto as rodas são maiores (17 polegadas).
A lista de equipamentos também é mais farta, com o acréscimo de teto panorâmico, bancos dianteiros elétricos, carregador de celular por indução, controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma, assistente de permanência em faixa, sensor de ponto cego e leitor de placas de trânsito.
Veja também:
O motor compartilhado com o SUV Yuan Plus gera 204 cv e 31,6 kgfm, alimentado por uma bateria de 60,5 kWh cuja autonomia declarada é de 330 km (medição do Inmetro). Com esse propulsor, o BYD Dolphin Plus acelera da imobilidade aos 100 km/h em 7 segundos.
Linha 2024
Linha 2025
Vale para quem pode se dar ao luxo de ter um carro para ser usado essencialmente na cidade, uma vez que o alcance dos veículos elétricos fica seriamente comprometido em rodovias. Ou seja, se precisar fazer uma viagem longa, terá de se programar para fazer constantes (e demoradas) paradas para recarregamento. Se os eletropostos estiverem ocupados ou inoperantes, o tempo de recarga será ainda maior.
Se tiver um carregador em casa, o proprietário do BYD Dolphin terá à disposição um carro bem equipado, confortável e muito agradável de se usar no dia a dia. Mas é importante ficar atento se o dono anterior seguiu às recomendações da BYD para preservar a garantia de cinco anos para o veículo e de oito anos para a bateria.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews