Teste: Lexus RX 450h+ é o Toyota mais luxuoso que você pode comprar


O Lexus RX 450h+ é o primeiro híbrido plug-in vendido pela marca japonesa no Brasil com preço de R$ 609.990. Sim, mesma faixa de modelos da BMW, Mercedes-Benz e Porsche, por exemplo. Autoesporte foi até a fábrica da Toyota, em Sorocaba (SP), para dirigir o SUV de luxo, que tem o mesmo conjunto híbrido do RAV4 plug-in, para ver o que oferece por esse valor acima de meio milhão.

A história da Lexus no Brasil é antiga: chegou em janeiro de 1998 — nove anos após ser criada. No ano passado a divisão de luxo da Toyota vendeu 824.258 carros ao redor do mundo, atingindo o melhor índice de sua história. Destes, apenas 854 unidades foram aqui. Mas há um plano para expansão de mercado e esse ano a meta é chegar aos 1.100 emplacamentos (20% a mais).

Em março desse ano, a Toyota confirmou investimento de R$ 11 bilhões no Brasil e alguma parcela deste total vai para essa reestruturação da Lexus nos próximos anos. E o Lexus RX 450h+ é um passo importante para este plano dar certo.

O primeiro carro híbrido plug-in — que pode ser carregado na tomada — da marca do Brasil é um SUV de grande porte: são 4,89 metros de comprimento, 1,92 m de largura, 1,69 m de altura e entre-eixos de 2,85 m, que dá um ótimo espaço para pessoas com mais de 1,80 m de altura. O porta-malas tem bons 612 litros de capacidade.

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A Lexus gosta de enfatizar que o RX 450h+ foi desenvolvido de dentro para fora. E o ótimo conforto do SUV prova isso. Os bancos de couro são bem macios e têm sistema de ventilação e aquecimento nas duas fileiras. Atrás ainda há a terceira zona independente do ar-condicionado digital, duas entradas USB-C, apoio de braço central com dois porta-copos e os assentos laterais têm ajustes elétricos e persiana retráteis nas janelas. Outro detalhe interessante são as maçanetas internas com abertura por um botão minimalista.

Os materiais são de ótima qualidade, com forração de borracha em portas e painel. Os bancos de motorista e passageiro têm até 14 ajustes elétricos e três memórias de posição. Há iluminação ambiente de LED, teto-solar panorâmico e mais quatro entradas USB-C, além de uma tomada de 127 V e carregador de celular por indução. A multimídia tem tela de 14 polegadas com conexões sem fio para Apple CarPlay e Android Auto, câmera de visão 360° e o sistema de som de 21 alto-falantes é assinado pela Mark Levinson.

Em relação ao pacote de segurança, o Lexus também é bem completo. São sete airbags, sendo um de joelho para o motorista, dois laterais (cortina), dois laterais, para o motorista e passageiro dianteiro, além do duplo frontal obrigatório por lei. Há também outros itens como sistema de permanência em faixa, frenagem automática de emergência, controle de cruzeiro adaptativo e alerta de ponto cego.

O protagonista deste carro é o interior. Mas vamos falar do sistema híbrido. O RX 450h+ tem motor 2.5 aspirado a gasolina, de ciclo Atkinson, que entrega 187 cv e 23,6 kgfm. Os outros dois motores elétricos são síncronos, sendo um no eixo dianteiro com 182 cv e 27 kgfm e um no eixo traseiro com 54 cv e 12,1 kgfm. A potência combinada é de 308 cv, mas o torque total não é revelado.

O Toyota RAV4 XSE plug-in também tem esse motor 2.5, porém, são 2 cv a menos: totalizando 185 cv. Os motores híbridos são exatamente os mesmos e a potência combinada também tem essa diferença de 2 cv, portanto, são 306 cv.

Com bateria de íons de lítio de 18,1 kWh, o RX 450h+ tem autonomia de até 56 km no modo elétrico, de acordo com o Inmetro. Sobre recarga, o SUV suporta potência máxima de 6,6 kW em corrente alternada (AC) e leva 2h45 para carregar por completo. O modelo já vem de série com um carregador portátil e um wallbox da WEG. A bateria do RAV4 plug-in é a mesma de 18,1 kWh e a autonomia elétrica é levemente menor, de 55 km, já o preço, é bem menor: R$ 402.420.

Como já mencionado, nosso teste foi rápido e na pista de testes da Toyota. O percurso é uma longa reta com retornos em suas duas extremidades. A Toyota é conhecida por sua suspensão muito confortável e neste asfalto sem qualquer irregularidade, o RX 450h+ vai bem demais. A suspensão dianteira é McPherson e a traseira é multilink. A suspensão também é adaptativa e ela se ajusta conforme o modo de condução escolhido, que são quatro: Normal, Eco, Sport e Custom.

Na reta, o SUV de 2.220 kg vai muito bem na arrancada e a marca de 0 a 100 km/h é feita em 6,2 segundos, que é um bom número para um carro deste porte e peso. Porém, depois o desempenho vai ficando mais manso, perdendo fôlego e o peso vai sendo mais sentido.

O câmbio usa um sistema do tipo transeixo, com um gerenciamento eletrônico que promove a combinação variável de entrega de potência e torque entre os motores a combustão e elétrico. Em velocidades mais elevadas e, principalmente nas arrancadas, a ótima acústica do carro é interrompida por um câmbio que trabalha com rotações bem altas e traz bastante ruído para a cabine.

Sobre consumo, o Inmetro divulga média de 13,9 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada no modo híbrido. Já no modo elétrico – baseado na metodologia do Inmetro para equiparar consumo de energia ao uso de combustível (km/l) – o RX 450h+ faz o equivalente a 36,1 km/l e 30,2 km/l, respectivamente.

A Lexus é uma divisão de luxo da Toyota. E de luxo, o RX 450h+ vai muito. O interior do SUV tem um requinte e um conforto tão bons, que mesmo sendo um híbrido plug-in, o consumo não é o que chama mais atenção. Certamente o volume de vendas será bem pequeno (e deve ajudar a chegar nos 1.100 emplacamentos deste ano) e o público que vai comprá-lo é muito específico, composto pela grande maioria de clientes da Toyota que querem migrar para o mercado de luxo – que foi o motivo da Lexus ser criada para atender essa demanda nos EUA.

O RX 450h+ é importado do Japão e será vendido nas dez concessionárias da Lexus no Brasil: duas unidades em São Paulo (SP), uma no Rio de Janeiro (RJ), uma em Belo Horizonte (MG), uma em Curitiba (PR), uma em Porto Alegre (RS), uma em Vitória (ES), uma em Salvador (BA), uma no Recife (PE).

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Fonte: direitonews

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