Diretor-geral da AIEA pede contenção máxima para evitar acidente nuclear na região russa de Kursk


Gostaria de pedir a todas as partes que tenham máxima contenção para evitar um acidente nuclear com graves consequências radiológicas“, disse Grossi.
O diretor-geral da AIEA acrescentou que mantém contatos com representantes da Rússia e da Ucrânia e prometeu “informar a comunidade internacional conforme necessário”.
Os princípios de segurança estabelecidos para a central nuclear de Zaporozhie, incluindo a necessidade de garantir a integridade física das instalações, também se aplicam à central nuclear de Kursk, sublinhou Grossi.
Anteriormente, o governador em exercício da região, Aleksei Smirnov, informou que a cidade de Kurchatov ficou sem eletricidade depois que fragmentos de um drone ucraniano caíram sobre um transformador.
Em Kurchatov, localizada a pouco mais de 30 quilômetros a oeste da capital da região de Kursk e a cerca de 75 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, fica a central nuclear de Kursk, que possui quatro reatores RBMK-100, mesmo modelo do utilizado em Chernobyl.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, afirmou na quarta-feira (7) que as forças russas travaram uma ofensiva com cerca de 1.000 soldados ucranianos na manhã anterior para ocupar territórios na região de Kursk.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, fala à mídia após chegar ao aeroporto de Viena, Áustria, após visita ao Irã, em 7 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.06.2024

Como resultado dos bombardeios e ataques de drones, pelo menos quatro residentes da região foram mortos e mais de 60 pessoas, incluindo nove crianças, ficaram feridas. Além disso, milhares de pessoas foram forçadas a deixar a área de bombardeios e combates que continuam após a incursão ucraniana.
O presidente russo Vladimir Putin acusou Kiev de lançar uma provocação em grande escala e de realizar bombardeamentos indiscriminados, especialmente contra instalações civis.
Sobre o momento, AIEA afirmou que não vê não motivos para se preocupar com a segurança nuclear na região.

Rússia informa sobre a situação na região

A Rússia informou a AIEA sobre a situação na central nuclear de Kursk após a tentativa de ataque das tropas ucranianas, informou a missão permanente russa junto de organizações internacionais em Viena.
Painel da usina nuclear de Angra 1, em Angra dos Reis (RJ), em 26 de fevereiro de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 22.07.2024

A entidade detalhou por meio do Telegram que nesta sexta-feira (9) teriam sido encontrados fragmentos de mísseis abatidos na usina, principalmente na área do complexo de processamento de resíduos radioativos.
A nota especifica que até o momento não houve bombardeios diretos contra a cidade de Kurchatov, onde está localizada a usina, bem como contra a infraestrutura energética, mas “a situação continua tensa”.
“As ações imprudentes da Ucrânia não só ameaçam as instalações nucleares russas, mas também colocam em perigo toda a indústria nuclear global”, observou a missão russa.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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