A influenciadora Larissa Heringer Rosa, que publicou um vídeo zombando de vagas para autistas em um shopping em Goiânia (GO), por determinação da Justiça, deverá pagar R$ 10 mil à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), a título de reparação de danos coletivos a pessoas com espectro autismo e familiares.
Em nota ao Portal G1, a defesa da influenciadora informou que a cliente sempre esteve a disposição da Justiça e irá cumprir o que foi acordado. O Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) foi proposto pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e aceito por Larissa. O pedido foi homologado na Justiça na última terça-feira (20/9).
Maquiadora Larissa Rosa publicou pedido de desculpas em sua rede social, em Anápolis, GoiásMaquiadora Larissa Rosa publicou pedido de desculpas em sua rede social, em Anápolis, GoiásReprodução
Maquiadora de Anápolis faz comentários homofóbicos e contra pessoas com deficiência sobre vaga para autista em GoiásMaquiadora de Anápolis faz comentários homofóbicos e contra pessoas com deficiência sobre vaga para autista em GoiásReprodução
Influenciadora Lari Rosa debocha de vagas exclusivas para autistas em shopping em Goiânia, GoiásInfluenciadora Lari Rosa debocha de vagas exclusivas para autistas em shopping em Goiânia, GoiásReprodução
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Na gravação publicada por Larissa, que mora em Anápolis (GO), em junho deste ano, a influenciadora mostra uma vaga para autistas e diz que parecia para “viado”. Ela ri e também diz que estacionamento para “gordo estressado” não tem, se referindo a ela.
“Gente, olha isso aqui. Agora, tem vaga exclusiva, vaga exclusiva para autista. Cara, o mundo está muito difícil. Quero saber quando vai ter vaga para gordo estressado”, disse ela, em tom de deboche.
Confira o vídeo:
Discriminação
Larissa foi indiciada por prática e incitação à discriminação de pessoas portadoras de deficiência e às pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+. A polícia não indiciou a mãe da maquiadora, que estava com ela no carro, por não ter ficado comprovado que ela também participou dos comentários.
No inquérito, a polícia ouviu, além da influenciadora e a mãe, familiares de autistas e representantes de entidades que abordam diversidade sexual e desigualdades sociais.






