Ram Rampage híbrida flex é estudada; veja quando deve ser lançada


Em maio, o CEO da Stellantis na América do Sul, Emanuele Cappellano, disse que não havia planos para versões híbridas das picapes produzidas em Goiana (PE). E não há. Pelo menos em curto prazo. Autoesporte, porém, apurou que a empresa estuda opções para eletrificar a Ram Rampage em médio prazo, provavelmente no fim da década.

Durante expedição da Rampage na Argentina, Vitor Bohnenberger, diretor da Ram, afirmou que a marca estuda opções para versões híbridas, não apenas para aumentar o número de opções para o público, como também para que a picape atenda às próximas fases das normas de emissões do Programa de controle de emissões veiculares (Proconve).

Vale lembrar, porém, que na oitava fase do programa, o Proconve L8, o cronograma para veículos comerciais é diferente e tem normas menos rígidas. Por exemplo, a meta de emissões médias de poluentes de 50 mg/km por fabricante que entra em vigor em janeiro de 2025 para automóveis, só valerá em 2029 para comerciais leves (caso da Rampage).

Ou seja, a indústria terá que se preocupar primeiro com seus automóveis, para só então direcionar esforços para picapes e furgões, por exemplo. Esse é o principal fator que explica a fala de Cappellano sobre não haver planos para eletrificação das caminhonetes da Stellantis tão cedo.

No caso específico da Rampage, há outras questões envolvidas. Uma delas é que o motor 2.0 turbo a gasolina não está contemplado no programa Bio-Hybrid da Stellantis, anunciado há um ano apenas para os propulsores nacionais: 1.0 e 1.3 turbo da família GSE.

Por outro lado, esse mesmo motor já tem variantes híbridas plug-in aplicadas em outros carros da Stellantis. É o mesmo conjunto usado no Jeep Grand Cherokee 4xe lançado no Brasil no final do ano passado. Nos Estados Unidos, essa opção faz muito sucesso no Wrangler 4xe, que se tornou o híbrido plug-in mais vendido do país.

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Nessas duas aplicações, o motor 2.0 turbo de 272 cv de potência e 40,8 kgfm de torque garante a tração nas rodas da frente. Atrás, fica um segundo motor, elétrico, de 136 cv e 27 kgfm, responsável por mover as rodas posteriores. Combinado, o conjunto entrega 380 cv e 65 kgfm. Com baterias de 17 kWh, a autonomia no modo elétrico no padrão norte-americano é de 35 km.

Mesmo com o conjunto híbrido já pronto, a plataforma da picape é diferente da WL usada pelo Grand Cherokee, por exemplo. Assim, seriam necessários investimentos substanciais para que ela possa chegar na Small Wide 4×4, base da Rampage.

Bohnenberger afirmou que um conjunto micro-híbrido de 48 volts também poderia ser usado na Rampage. Como uma aplicação inédita, no entanto, o desenvolvimento também exigiria uma quantia considerável de dinheiro.

Considerando que, além da questão financeira, qualquer mudança do tipo leva tempo para ser desenvolvida, é muito provável que a Rampage só se torne híbrida em uma geração futura, quando vai compartilhar com o Compass a nova plataforma STLA Medium. O SUV médio chega em 2027 e terá opção plug-in. No caso da picape, a chegada deve acontecer mais para o final da década.

A principal mudança na motorização dessa picape ainda na geração atual é a adoção da tecnologia flex no motor 2.0 turbo Hurricane. Isso ajudaria em uma tributação mais baixa no programa Mover.

Em abril, no lançamento de Compass e Commander com esse mesmo motor, Autoesporte apurou que, caso a demanda seja positiva, a Stellantis poderia transformar esse propulsor em flex. Segundo o executivo da Ram, atualmente, 45% das vendas da picape são com esse motor.

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Fonte: direitonews

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