A venda de carros novos no Brasil atingiu o melhor patamar no mês de julho desde 2019, ou seja, desde o início da pandemia. Foram 227.300 emplacamentos contra 215.711 do ano passado, uma alta de 5,4%. Na comparação com o mês de junho, que teve 202.463 vendas, o crescimento foi ainda maior: 12,3%. Os números são da Fenabrave, associação que representa as concessionárias, e engloba a soma de automóveis e comerciais leves.
Confira na tabela abaixo o histórico de vendas dos últimos cinco anos no mês de julho.
“Os segmentos seguem com demanda aquecida e impulsionados pela boa oferta de crédito. A alta na comparação com o mês de junho está em linha com as projeções divulgadas pela Fenabrave, que é de aumento de 15% em relação a 2023”, afirma Andreta Jr., presidente da Fenabrave, justificando os bons números de julho.
Vale lembrar que no ano passado houve o programa de incentivo à indústria aprovado no início de junho. Com a publicação da Medida Provisória 1.175, o governo disponibilizou R$ 1,5 bilhão em créditos tributários à indústria. Desses, inicialmente, R$ 500 milhões foram para automóveis e comerciais leves com preços de até R$ 120 mil. Posteriormente, no final do mês, o governo estendeu os recursos em R$ 300 milhões, totalizando R$ 800 milhões.
Mesmo com a medida sendo aprovada e entrando em vigor em junho, foi no mês de julho que houve o maior impacto nas vendas. Como já mencionado, foram 215.711 vendas – aumento de 20% em relação aos 179.685 licenciamentos de junho.
Todos os segmentos, à exceção de motocicletas, tiveram alta em relação ao mês anterior e a julho de 2023, impulsionados pelo maior número de dias úteis do mês (23, em julho, ante 20, em junho). Foi o melhor mês de julho desde 2014.
“Apesar da sazonalidade de meio de ano, o resultado foi excelente, tanto que este foi o melhor mês de julho desde 2014. O acumulado dos sete meses revela crescimento em linha com nossas projeções para 2024. E a oferta de crédito continua a ter influência positiva nas vendas”, diz Andreta Jr..
Somando automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas, o Brasil vendeu 419.829 unidades no mês passado, o que representa alta de 4,9% em relação as 400.140 vendas de junho. Já na comparação com o mesmo período do ano passado (367.159), o crescimento foi de 14,3%.
Para os automóveis e comerciais leves, a expectativa é de que as vendas passem de 2.179.363 do ano passado para 2.440.887 neste ano, que representa um crescimento de 12%. Na somatória de todas essas categorias, a expectativa é de que o mercado cresça 13,5% neste ano: saltando de 3.667.367 para 4.518.871, respectivamente.
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Fonte: direitonews
