Via @portalg1 | O ex-militar Almir Monteiro dos Reis, acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, em agosto de 2023, vai a júri popular (entenda mais abaixo). A informação foi confirmada ao g1 pela Corregedoria-Geral da Justiça (CCJ), nessa terça-feira (23).
A advogada foi encontrada morta dentro do próprio carro no Parque das Águas, no dia 13 de agosto do ano passado. Cristiane apresentava sinais de espancamento e asfixia. A vítima foi localizada pelo próprio irmão através de um aplicativo de rastreamento, segundo a polícia.
No dia 24 de agosto de 2023, o acusado foi indiciado por estupro, homicídio quadruplamente qualificado e fraude processual. Já em setembro, ele foi denunciado pela 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, por homicídio qualificado, estupro, fraude processual e ocultação de cadáver.
Em outubro do ano passado, a Defensoria Pública pediu a absolvição sumária o ex-policial após o investigado alegar ser diagnosticado com esquizofrenia. No entanto, em março deste ano, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) concluiu que o acusado estava mentalmente estável e consciente quando cometeu o crime.
Júri popular
O júri popular é parte de um órgão especial da Justiça, o Tribunal do Júri, e é previsto na Constituição Federal. Ele é composto por:
- um juiz de direito como presidente;
- um promotor de justiça;
- advogado de defesa;
- conselho de sentença (chamado também de júri popular).
O Conselho de Sentença é formato por sete jurados escolhidos em comum acordo pela defesa e acusação. Eles realizam o julgamento ao responder quesitos, que são as perguntas que o presidente do júri faz aos jurados sobre o fato criminoso e demais circunstâncias essenciais ao julgamento.
Os jurados decidem sobre a matéria de fato e se o acusado deve ser absolvido ou condenado. Assim, é o cidadão, sob juramento, quem decide sobre o crime em questão.
Relembre o caso
Durante as investigações, a Polícia Civil encontrou indícios da autoria do crime — Foto: Reprodução
O irmão da vítima localizou o veículo por um aplicativo que rastreou o celular dela. Cristiane havia passado a noite junto com o suspeito, que foi autuado em flagrante por feminicídio. Os dois se conheceram no dia do crime
Segundo a Polícia Civil, Cristiane passou a tarde de sábado (12) em um churrasco com a família e amigos. Por volta de 22 horas, foi com o carro até um bar próximo à Arena Pantanal, em Cuiabá. No local, a vítima teria conhecido um homem com quem teria deixado o estabelecimento por volta de 23h30.
A polícia informou que os familiares não conseguiram mais contato com a vítima e se preocuparam por ela não ter passado a noite em casa. O irmão teve acesso a um aplicativo de rastreamento, que indicou que o celular de Cristiane estaria no Parque das Águas.
Os policiais chegaram ao ex-PM quando foram até o último local onde a vítima esteve antes de ser morta, em uma casa no Bairro Santa Amália, em Cuiabá.
Por meio das câmeras de segurança os agentes conseguiram ver o carro da vítima saindo da residência, com o ex-PM dirigindo o veículo.
Dentro da casa, a polícia encontrou o suspeito, que confessou ter dormido com a vítima, mas apresentou contradições ao falar sobre o envolvimento no crime. No local, os policiais encontraram vários indícios da autoria do suspeito no feminicídio.
Por g1 MT
Fonte: @portalg1