Renault Kardian: 5 razões para comprar e 5 motivos para fugir do SUV


O Renault Kardian estreou no Brasil há quase quatro meses e soma 5.191 unidades no acumulado de 2024, segundo a Fenabrave, associação que representa as concessionárias. O SUV compacto é a grande ofensiva da marca para este ano, tendo como armas plataforma e motor inéditos, além de uma lista boa de equipamentos de série.

O modelo, produzido em São José dos Pinhais (PR), chegou com pontos fortes. Tanto que no comparativo com Volkswagen Nivus e Fiat Pulse, que foi reportagem tema da capa da edição 701 da Autoesporte, o novato saiu como vencedor. Agora, separamos os cinco pontos positivos e negativos do compacto. Confira!

Consumo

O Renault Kardian estreou no mercado brasileiro com boas médias de consumo. De acordo com o Inmetro, o SUV compacto faz 9,0 km/l na cidade e 9,7 km/l na estrada quando abastecido com etanol. Com gasolina, os números sobem para 13,1 km/l e 13,9 km/l, respectivamente.

Entretanto, no teste em pista da Autoesporte, na Rota 127 Campo de Provas, o compacto superou essas médias. Com etanol, chegou a fazer 10,1 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada.

Desempenho

No Brasil, o Kardian estreou a plataforma Renault Groupe Modular Platform (RGMP) e um conjunto motriz formado por motor e câmbio inéditos. Todas as configurações vêm com o 1.0 turbo flex de três cilindros, que rende 125 cv de potência e 22,4 kgfm de troque. Portanto, é o motor 1.0 com o maior torque do mercado brasileiro.

A bordo, o condutor se depara com boas respostas do acelerador e o câmbio automatizado de dupla embreagem e seis marchas com trocas suaves. Este, aliás, é banhado em óleo, o que evita trancos e faz com que o condutor visite menos a oficina. Veja aqui o teste completo do SUV.

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Acabamento

Outro detalhe positivo é o acabamento. No SUV, é possível ver uma clara evolução em relação a outros modelos nacionais da Renault. Tanto que é um dos pontos que o coloca a frente dos rivais diretos.

O modelo tem iluminação ambiente (que pode ser alterada na central multimídia de 8 polegadas) e, embora seja revestido em bastante plástico, tem materiais sensíveis ao toque no painel. Os bancos, por sua vez, trazem costuras em laranja com uma pegada de design mais esportiva e que deixa o interior mais bonito.

Econômetro

É uma palavra difícil, mas condiz com um recurso bem interessante no Kardian, que já faz parte de outros modelos da Renault como Duster e Kwid. É uma espécie de “assistente” que dá dicas de aceleração e direção para otimizar o consumo no painel de instrumentos. Neste “quadro”, há um medidor de previsibilidade e até uma pontuação (com máxima de 100) para que o condutor entenda como foi a condução.

Preço

O Renault é vendido em três versões no mercado brasileiro, com preços a partir de R$ 112.790 e que chegam a R$ 132.790, que é o valor da configuração Premièr, a topo de linha.

No caso do Volkswagen Nivus, também disponível em três configurações, a versão de entrada custa R$ 119.990 e o valor máximo é de R$ 151.990. O Fiat Pulse, por sua vez, já oferta seis opções e começa mais baixo com R$ 104.990, mas alcança R$ 135.490. Se contarmos, ainda, o preço da versão Abarth, vai a R$ 151.990.

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Puxador do porta-malas

Embora tenha um bom acabamento interno, o Kardian deixa um pouco a desejar no puxador do porta-malas, que parece ser feito em um plástico menos rígido. Portanto, assim que você puxa para baixar a tampa, a impressão é de que vai acabar cedendo em algum ponto. Cabe reforçar que a capacidade no bagageiro é de 358 litros, ou seja, menor em relação ao Nivus (415 l). A Fiat, por sua vez, utiliza um padrão mais otimista para a medição, totalizando 370 litros. Dessa forma, a média deve ficar em torno de 300 litros.

Central multimídia

A central multimídia apresenta algumas questões que desagradam. Uma delas é a definição mais baixa da tela. Além disso, durante o último período de teste na Autoesporte, o Android Auto demorou de forma considerável para conectar. Muitas vezes, funcionou apenas com o fio, sendo que há a função sem cabo.

Sistema de câmera de ré

Nessa mesma linha de definição, a câmera de ré é um detalhe não tão positivo. Além de uma resolução inferior, o condutor não consegue sair da função com facilidade. Há até um “X” para clicar, mas não funciona (pelo menos não funcionou durante os testes da Autoesporte). Por isso, é preciso apertar um botão abaixo da central para conseguir desativar o recurso.

Ergonomia

Em termos de ergonomia, vale mais de um levantamento. O volante, por exemplo, tem como ponto positivo o ajuste de altura e profundidade. Entretanto, a coluna de direção simplesmente despenca na hora que você libera a trava para realizar o ajuste.

As funções do câmbio também entram em pauta. A manopla é simples de mexer, sendo que ao colocar para frente, entra na Ré (R) e, para trás, no Drive (D). O Neutro (N) fica no meio e, em tese, basta dar um toque mais suave para selecionar. Mas, na verdade, é preciso segurar um tempo para que o carro reconheça. Além disso, para ativar as trocas manuais, é preciso pressionar e segurar os paddle-shifts atrás do volante.

A Renault também optou por manter os controles de áudio no famigerado comando satélite na coluna direção, o que não é nada funcional. Por fim, o pedal do freio não é nivelado com o do acelerador, por isso, acaba por ser incômodo em direções mais longas.

ADAS incompleto

O Renault entra uma boa lista de equipamentos em relação aos rivais. Entretanto, quando o assunto é pacote ADAS, de assistência ao motorista, falta alguns recursos. O modelo é equipado com alerta de ponto cego e de colisão com frenagem de emergência, bem como controlador de velocidade adaptativo. Com isso, passa até na frente dos rivais. No entanto, falta alerta de permanência e saída de faixa, além de sensores mais completos.

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Fonte: direitonews

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